AMOR SEM GÊNERO
Acabei de ler longa reportagem, com entrevistas, inclusive de professores universitários da área, avalizando a tendência do amor sem gênero, que vai do bissexualismo ao pansexualismo, com variações. É aquela coisa “do que importa é a pessoa”. É claro que isto entra em conflito com minha formação cultural e mais arraigadas convicções, a despeito de sempre ter respeitado condições sexuais diferenciadas em ambos os sexos, sem preconceito ou recriminações, já que viver preso no “armário” é desumano e medieval. A questão é saber se tal tendência cresce e se expande. A prevalecer tal perspectiva, creio que estará praticamente resolvido o problema grave do controle da natalidade, salvo se partirem para os bebês de proveta em larga escala, mas será bem mais complicado. A meu ver, o AMOR SEM GÊNERO, se ocorrer efetivamente como tendência universal, poderá mudar tudo, mudar o mundo tal como o conhecemos, pelas implicações inúmeras e poderosas inerentes a seu eventual reinado. É algo parecido com uma especulação que faço no sentido de que, num futuro mais distante, o sexo não mais envolverá interação física: será virtual, totalmente livre, com as nossas fantasias, conectados que estaremos em um aparelho eletrônico qualquer, na segurança e conforto de nosso casulo. É difícil prever o amanhã. O desrespeito à mulher é um absurdo, primitivismo puro, mas há certos exageros na questão do assédio e do estupro, que eventualmente assumem ares de verdadeiros mesmo quando a dinâmica dos fatos não condiz exatamente com a versão. Há situações nebulosas nesta área. É preciso combater o machismo e o abuso, sem comprometer a boa e tradicional conquista heterossexual, sobretudo quando até o poliamor começa a ganhar certo espaço. Do jeito que as coisas parecem seguir, minha ideia de vida sexual no futuro talvez nem seja tão fantasiosa assim. Não sei se vai ter muita graça, mas tende a ser bem segura e tranquila.