SORTE

A sorte existe, sim, mas em jogos. Não acredito muito em sorte no dia a dia da vida, no estudo, no trabalho, na realização profissional ou nas relações em geral. Até pode haver algumas pitadas, mas, se a pessoa não fizer por onde, nada feito. Agora, na jogatina, é impressionante como existem pessoas predestinadas. Vejam o caso do indivíduo que, segundo se informa, teria se atrapalhado e jogado três vezes o mesmo jogo naquela casa lotérica de São Paulo. Poderia ter ganhado 18 milhões de reais, mas acabou abocanhando 54. A ser verdadeiro o caso, é uma nova legenda que surge na história das loterias. Quanto a mim, talvez nos últimos dez anos ou mais, tenho ganhado sistematicamente, ainda que pouquinho: é que nunca mais arrisquei o meu suado dinheirinho. Melhor assim do que assado. O único prêmio que recebi, foi há mais de 40 anos: uma latinha de doce de leite. Estou num consórcio para a compra de veículo com prazo de 5 anos, fui sorteado há dois meses, faltando 6 prestações para o seu final. Nem me cocei, é claro. Jamais compraria um título de capitalização cuja maior atração é a oportunidade de ser premiado. Não é pro meu bico. Mas, tudo bem, o que me interessa aqui é refletir sobre a boa estrela de alguns poucos e sobre como é caprichosa esta vida planetária.