“UMA PRECE, UM CULTO, UMA INDAGAÇÃO”.
Uma prece em virtude da fé, um caminho em virtude do seguir, uma crença em virtude do aceitar a sua devoção, sem rotulagem, seguindo apenas o impulso do coração.
Assim, o “beatismo” se propaga no catolicismo, as oferendas em cultos religiosos de matizes africanas se expandem, e os cultos de adorações e louvores nas chamadas Igrejas Protestantes, aumentam de forma que outras denominações religiosas, já olham com suas preocupações, como uma possível ”competitividade” em galgar espaços.
É como se houvesse um domínio de crença onde impera os conflitos de todos os gêneros (verbais, morais e até presenciais), com afrontas aos respectivos locais sagrados.
Todos querem ter suas razões, e fatiam em vários deuses os nomes, os dogmas, os ensinamentos e os desígnios do verdadeiro, único e incomparável mantenedor da vida humana e de todo ser vivente nesse mundo, e que muitos o chamam de Deus.
Mas, então, qual seria o verdadeiro Deus, que gera toda essa massa de discussão no mundo inteiro?
Eu quero acreditar que esse Deus em referência, é o Deus de Abraão, Jacó, Isaque, Moises, Noé, Enoque, Daniel, Davi, Salomão, e tantos outros relatados nos escritos sagrados, esses mesmos escritos que servem de bussola para todo aquele que se encontra perdido, em meio as suas tantas e costumeiras duvidas.
O Deus que criou os céus e a terra e que deu vida ao primeiro casal para habitar no jardim do Éden, e aqui estamos falando (obviamente) de Adão e Eva.
Face a evolução humana, foram surgindo varias religiões no mudo inteiro, e hoje (Além do catolicismo) temos centenas (quiçá milhares) dessas referidas denominações que pregam com veemência cultos aos seus deuses, onde o povo fica em meio a um turbilhão de informações,gerando duvidas comportamentais e chegam a se perguntar: PORQUE TANTAS RELIGÕES?
E, em meio a tudo isso, chegamos a ter indagações que fazem sentido: Porque, (já que temos tantas religiões), o amor, a fé, a irmandade, o auxilio ao próximo, os gestos de igualitariedade entre os povos, sofrem com as não observâncias daquilo que tanto se prega e espalha-se pelo mundo afora?
Em que tipo de seres humanos nós estamos nos tornando, e qual o mundo que deixaremos para aqueles que virão depois de nós?
Cultuam animais, Totens, imagens, Sol, Lua, Terra, Mar, fazem de Homens figuras santas, porque o Pontífice maior tem a AUTORIDADE de canonizar seres que aqui habitaram, e que por sua intercessão, recebem a outorga de SANTO.
E correm em busca de certificações dos milagres a estes atribuídos, que fizeram esta ou aquela ação em prol de quem sofria de algum mal, ou libertara-se de um sofrimento porque resou,orou,professou o nome do referido milagreiro e este (passando pelo crivo do papado após constatação da positividade dos fatos) torna-se agora São, ou Santa esse ou aquela, de acordo a nomenclatura que será escolhida e sentenciada pela autoridade maior romana.
E as outras religiões, como elas se comportam diante do fato exposto?
Seus santos, suas devoções, seus costumes, seus modos de cultuar divindades seculares, elas também não teriam (Ou tem) esse direito de CANONIZAR e seguir adorando, divindando, cultuando esses seus Santos escolhidos e reverenciados pelos seus ancestrais?
Quem sou eu e quem é você (LETRADO ou INCULTO) para definir como certo ou errado, a religiosidade escolhida pelas pessoas espalhadas pelo mundo?
As perseguições a Cristo resultaram na sua “MORTE”, pois ele pregava o amor entre todos, após ser anunciado bem antes nas escrituras sagradas, e teve o seu caminho preparado pelo seu primo João.
Mesmo assim, no seu ministério, enviado por Deus a esta terra, ensinando o bem maior da vida que é o amor, curando leprosos, cegos, coxos, endemoniados, mulher com hemorragia, andando sobre as águas, ensinando a todos afirmando que não veio aqui para mudar, mas sim para cumprir as leis. Mesmo assim, deram-lhe a culpa e a humilhação maior na sentença da sua crucificação.
Um bandido (Barrabaz) fora escolhido para ser libertado, e o Filho de Deus, fora rejeitado pelo seu próprio povo, que não entendeu o que Deus estava fazendo para a redenção da humanidade.
Mártires, (relatados na historia de grandiosa importância para o mundo, como John Huss, Nascido em Husinec há 75 kilometros de Praga, “Atual republica Tcheca e Eslováquia” em 1369, falecido (executado) em 1415, em Constança, Alemanha) e Martin Lutero, que veio a se casar com Catarina Von bora, (tendo ele nascido em 10 de novembro de 1483, e faleceu em 18 de fevereiro de 1546) libertaram o povo através da informação do verdadeiro sentimento religioso ao qual o povo deveria conhecer, pois lhes fora tirada essa liberdade de conhecimento dos caminhos que Deus tinha para o seu povo, através das escrituras sagradas, trancadas sob o domínio dos representantes religiosos da época, onde o acesso a esses escritos não era permitido ao povo.
O conflito aberto entre Johann Tetzel devido as indulgencias que ele vendia como perdão dos pecados, eram contrarias as afirmações de Lutero que discordando do papa Leão X em 1520, e do Imperador Carlos V, na dieta de Worms em 1521 resultou em sua excomunhão da igreja romana, e em sua condenação como um fora da lei pelo imperador do Sacro Império Romano Germânico (Fonte Wikipédia).
Os Luteranos se espalharam pelo mundo, e hoje, os seguidores ramificaram-se pregando as filosofias de conhecimento e de difusão dessa palavra que move a todos, graças aos esforços concentrados desses dois mártires citados acima.
Os países do continente Africano sofreram com o abrupto e desumano sequestro do seu povo, tornando-os escravos jogados em porões de navios, atravessando os mares para serem mercantilizados longe de suas terras, como se mercadorias fossem, aqui na America do sul.
Para cá, trouxeram na mente e no coração, as suas divindades, seus apegos religiosos, como forma de “suportar” a dor da selvagem e tão desumana separação da sua terra.
Trouxeram-nos sua cultura, seus ritmos, suas danças, crenças culinárias, saberes e seus orixás.
A pratica da sua religiosidade, também se expandiu aqui em nossas terras, onde muitos seguidores, (após ganhar conhecimento de suas tradicionalidades) aderiram e se empenharam em assumir essa religião cultuando em seus terreiros, as suas divindades, onde podemos observar que existe outra língua pronunciada em seus cultos, pelos seus mestres mais elevados, no conhecimento e prática de dialetos, onde se comunicam e fazem ali, as suas manifestações de respeito, devoção, caridade, ensinamentos inerentes as suas doutrinas.
Nossos índios cultuam Tupã, e diferente de todos nós, e ou indiferentes as nossas crenças, são estes, os mais valorosos guardiões das nossas belezas e riquezas naturais, pois eles veem a presença de Deus em toda e qualquer criatura inserida nos três reinos.
Daí surge, em meio a essa ramificação de crença, as discordâncias, o desrespeito, numa explosão do que chamam agora, de INTOLERANCIA RELIGIOSA.
Hoje, até para exercer cultos á sua fé, você tem que ter muito cuidado, pois a qualquer hora, poderá ser surpreendido por alguém, que se achando superior a você ou a sua religião, poderá até atentar contra a sua vida.
Em meio a esse “Grande conflito”, eu lhe pergunto meu irmão: quem, ou qual seria “o desejado de todas as nações”?
Carlos Silva
20 de Dezembro de 2017