O QUE SERÁ DE NÓS, ENTREGUES À VILANIA DOS POLÍTICOS?

O tempo voa e as coisas não mudam. Pelos menos na seara política. Tudo continua o mesmo de antes, no “Quartel de Abrantes”. É o que vejo e sinto, amarguradamente, desde 2002, quando ousei escrever a respeito dos procedimentos políticos, desrespeitosos com a sociedade e malsãos à vista do mundo civilizado.

Naquele ano, precisamente no dia 22.09.2009, escrevi sobre o tema, tratado em crônica publicada no livro Opróbrio Político, de minha autoria. Oito anos depois, repito o assunto sem modificá-lo por ser atualíssimo hoje, e, por certo, o será amanhã e sempre, pois no Brasil, visto sob o âmbito da corrupção, parece incorrigível.

Lamentavelmente!

Na oportunidade, perguntei o que seria de nós, brasileiros, entregues à vilania dos políticos, qual seria o futuro que aguarda os nossos jovens, e até quando a sociedade suportaria os desmandos na administração pública. E mais perguntei, sem esperança futura: “A roubalheira, crescente, teria fim?”.

Aquelas indagações sempre foram feitas pelo cidadão de boa índole, cujo desiderato é ver o país livre da degradação moral da classe política, escória merecedora da mais rigorosa punição. Até hoje, esses questionamentos continuam sem respostas.

O brasileiro costuma fazer outra pergunta: “Como punir o corrupto, com a Justiça que está aí?” Parece impensável. É difícil acreditar que as autoridades, muitas das quais aliadas aos faltosos, sejam, em algum momento, acometidas de salutar surto de moralidade, o que seria ótimo, porém, improvável. Excetuam-se os jovens promotores e juízes, capitaneados por Sua Excelência, doutor Sérgio Moro.

Temo que as nossas crianças sejam contaminadas pelo mau exemplo de parlamentares, delegados de polícia, juízes e de altos funcionários públicos, além de outros extratos da sociedade. O crescimento da marginalidade no meio político é gritante. Os bandidos investem-se na política, objetivando adquirir imunidade para os crimes que praticam abundantemente.

Pergunta-se o povo, preocupado com o futuro desse Brasil impuro:

– O que será de nós, entregues à vilania dos políticos?

A reposta deveria ser dada pela Justiça, a cada dia mais cega. E, em alguns casos, surda e muda, para tristeza dos brasileiros honestos que reconhecem seus representantes no parlamento pelas mentiras que contam.

O político rouba e mente, mente e rouba e continuará mentindo e roubando, roubando e mentindo... Ainda bem que o juiz Sérgio Moro tem destinado alguns a uma vida reclusa, como bem o merecem.

Cadeia neles, Excelência!