Deus está morto!
Em certos momentos fico a pensar, o que está acontecendo com a sociedade? Lembro-me de algo que aconteceu na minha infância, que aparentemente possa ter sido errado, mas agradeço por que de uma forma ou de outra contribuiu para a minha formação.
Era uma bela manhã ensolarada e o meu irmão mais velho, o George, saiu para brincar na rua. Depois de um certo tempo incomodado com a ausência dele, o Pibipi, forma pela qual tratávamos o nosso pai, pediu para que eu fosse chama-lo. E lá vai eu a procura do mano. Inicialmente fui no campinho de futebol e nada dele, fui na casa dos amigos que ele costumava ficar e nem cheiro dele. Depois de muita procura fiquei sabendo que ele estava na chácara dos Bahia e prontamente partir no seu encalço. E lá estava o bonitão com seus amigos comendo goiabas. Prontamente dei o recado do nosso pai, mas ele acabou me convencendo a ficar um pouco mais.
Enquanto isso as horas passavam e o Pibipi ficava mais irritado. Dessa vez mandou o Roberto, que apesar de muito cabeludo tinha o apelido de careca. E lá vem o careca no nosso rastro. O mesmo chegou e transmitiu o recado e do mesmo jeito foi convencido agora por nós. Ficamos ali em cima das goiabeiras, prosando, rindo e comendo goiaba a vontade. Quando demos por fé, o horário de almoço já tinha passado, então tratamos logo de irmos para nossa casa.
Só que o velho Alípio já estava irritado por ter sido desobedecido e estava ansioso nos esperando. Logo que nos viu, mandou que fôssemos imediatamente para o quarto, pegou seu corrião, fechou a porta, e ali começou um festival de chibatadas, era chibata para todo lado, eu tentava driblar o velho tentando esquivar-se dele até que ele me pegou pelo braço, e ali suspenso fiquei a sua mercê, eu só escutava o barulho das ordinárias e o ardor que surgiam nas minhas pernas e costas. Quando terminou o martírio ele pediu para que minha mãe banhasse os três com água e sal para não infeccionar, rs.
O velho teve esse rigor todo por dois motivos: um era por que ele tinha sido desobedecido e o outro pelo fato de estar em propriedade alheia, comendo algo que não foi dado a nós, e isso na sua concepção era furto e era inadmissível.
Infelizmente eu vejo que hoje essas coisas estão perdendo o valor. Sempre vivemos em constantes dificuldades financeiras, mas isso eu aprendi, que não há nada mais importante nesse mundo do que o valor da nossa palavra. Que se não tínhamos bens, deveríamos ao menos preservar a nossa palavra e empenhá-la o máximo em cumpri-la.
Quando tive aquela triste ideia de fazer as quitinetes no Rio Grande do Norte, eu quase me enlouqueci, cheguei a perder 14 quilos, tudo isso devido a um calote que levei de dois construtores e acabei criando uma dívida com o banco do Brasil de 215.000,00 reais. Uma cousa posso garantir fiquei no prejuízo com os caloteiros, mas graças ao meu bom Deus eu consegui pagar a dívida com o banco.
No dia que eu quitei a dívida com o banco, o gerente, que na época era o Luciano, me disse algo que pra muitos não devem ter valor, mas pra mim foi de um valor imenso, ainda mais depois do sacrifício que tive que fazer para preservar o meu nome, a minha palavra, aquilo veio como um bálsamo sobre mim premiando todo sofrimento que passei. Ele falou assim: Gilson são de pessoas igual você que se esforçam, sacrificam e empenham em pagar suas dívidas que o banco precisa, por que tem muita gente que se dizem empresários e dão a maior dor de cabeça pra gente.
Muitos chegam a afirmar que Friedrich Nietzsche em seu discurso no livro ‘A Gaia Ciência’ quando diz a seguinte expressão: “Os deuses também apodrecem! E Deus morreu! Deus está morto! E nós o matamos!” que ele estava pregando o ateísmo. Eu sinceramente, com toda a minha ignorância, não penso dessa forma, em momento algum ele fala que Deus não existe, mas infelizmente a sociedade estava vivendo um positivismo, um materialismo, que estava perdendo os padrões divinos daquilo que é bom, justo e perfeito.
Eu se devo alguém e não posso pagar, tenho a maior preocupação de esclarecer para essa pessoa o motivo que me levou a falhar com ela e logo em seguida marco uma nova data para fazer o pagamento. Hoje em dia para a maioria das pessoas isso não funciona, elas simplesmente devem, não dão satisfação e fica por isso mesmo. No meu caso se eu estiver devendo alguém, eu não tenho paz, por que se eu não acertar a minha dívida é a mesma coisa que eu estivesse assaltando a pessoa, a única diferença é que não foi preciso empunhar uma arma qualquer.
E fiz toda essa exposição por que é assim que penso da sociedade hoje. Infelizmente parece que não existe mais aquele dicotomismo do bem e do mal para que sempre possamos ter parâmetros para analisar as nossas atitudes. As pessoas vivem simplesmente, unicamente para atender os seus interesses, não importando que para isso, elas estejam lesando, defraudando, roubando ou até mesmo matando o seu semelhante.
Vivemos numa sociedade tão pervertida, imoral que aquilo que era pra ser uma normalidade é tido como uma exceção, como algo extraordinário. Como exemplo podemos falar do ibope, da manchete que tem quando alguém achando um dinheiro devolve para o seu dono, ele vai parar no jornal da noite, vai ser capa de revista. Se todos agissem de forma correta, talvez um ato desse não teria tanto ibope, por que isso não passa da nossa obrigação. Viver corretamente de forma digna deveria ser algo corriqueiro para todos, infelizmente é um pequeno grupo que tem se esforçado para viver assim distintamente, por que na grande maioria da sociedade, suas mentes simplesmente cauterizaram não tendo discernimento entre o bem e o mal.
É por todas essas razões que vos afirmo que Deus está morto. Seria um grande paradoxo, um absurdo terrível eu afirmar que Deus não existe, todavia ele tem estado morto no coração dessa sociedade pervertida, corrupta, facciosa e gananciosa.
Em certos momentos fico a pensar, o que está acontecendo com a sociedade? Lembro-me de algo que aconteceu na minha infância, que aparentemente possa ter sido errado, mas agradeço por que de uma forma ou de outra contribuiu para a minha formação.
Era uma bela manhã ensolarada e o meu irmão mais velho, o George, saiu para brincar na rua. Depois de um certo tempo incomodado com a ausência dele, o Pibipi, forma pela qual tratávamos o nosso pai, pediu para que eu fosse chama-lo. E lá vai eu a procura do mano. Inicialmente fui no campinho de futebol e nada dele, fui na casa dos amigos que ele costumava ficar e nem cheiro dele. Depois de muita procura fiquei sabendo que ele estava na chácara dos Bahia e prontamente partir no seu encalço. E lá estava o bonitão com seus amigos comendo goiabas. Prontamente dei o recado do nosso pai, mas ele acabou me convencendo a ficar um pouco mais.
Enquanto isso as horas passavam e o Pibipi ficava mais irritado. Dessa vez mandou o Roberto, que apesar de muito cabeludo tinha o apelido de careca. E lá vem o careca no nosso rastro. O mesmo chegou e transmitiu o recado e do mesmo jeito foi convencido agora por nós. Ficamos ali em cima das goiabeiras, prosando, rindo e comendo goiaba a vontade. Quando demos por fé, o horário de almoço já tinha passado, então tratamos logo de irmos para nossa casa.
Só que o velho Alípio já estava irritado por ter sido desobedecido e estava ansioso nos esperando. Logo que nos viu, mandou que fôssemos imediatamente para o quarto, pegou seu corrião, fechou a porta, e ali começou um festival de chibatadas, era chibata para todo lado, eu tentava driblar o velho tentando esquivar-se dele até que ele me pegou pelo braço, e ali suspenso fiquei a sua mercê, eu só escutava o barulho das ordinárias e o ardor que surgiam nas minhas pernas e costas. Quando terminou o martírio ele pediu para que minha mãe banhasse os três com água e sal para não infeccionar, rs.
O velho teve esse rigor todo por dois motivos: um era por que ele tinha sido desobedecido e o outro pelo fato de estar em propriedade alheia, comendo algo que não foi dado a nós, e isso na sua concepção era furto e era inadmissível.
Infelizmente eu vejo que hoje essas coisas estão perdendo o valor. Sempre vivemos em constantes dificuldades financeiras, mas isso eu aprendi, que não há nada mais importante nesse mundo do que o valor da nossa palavra. Que se não tínhamos bens, deveríamos ao menos preservar a nossa palavra e empenhá-la o máximo em cumpri-la.
Quando tive aquela triste ideia de fazer as quitinetes no Rio Grande do Norte, eu quase me enlouqueci, cheguei a perder 14 quilos, tudo isso devido a um calote que levei de dois construtores e acabei criando uma dívida com o banco do Brasil de 215.000,00 reais. Uma cousa posso garantir fiquei no prejuízo com os caloteiros, mas graças ao meu bom Deus eu consegui pagar a dívida com o banco.
No dia que eu quitei a dívida com o banco, o gerente, que na época era o Luciano, me disse algo que pra muitos não devem ter valor, mas pra mim foi de um valor imenso, ainda mais depois do sacrifício que tive que fazer para preservar o meu nome, a minha palavra, aquilo veio como um bálsamo sobre mim premiando todo sofrimento que passei. Ele falou assim: Gilson são de pessoas igual você que se esforçam, sacrificam e empenham em pagar suas dívidas que o banco precisa, por que tem muita gente que se dizem empresários e dão a maior dor de cabeça pra gente.
Muitos chegam a afirmar que Friedrich Nietzsche em seu discurso no livro ‘A Gaia Ciência’ quando diz a seguinte expressão: “Os deuses também apodrecem! E Deus morreu! Deus está morto! E nós o matamos!” que ele estava pregando o ateísmo. Eu sinceramente, com toda a minha ignorância, não penso dessa forma, em momento algum ele fala que Deus não existe, mas infelizmente a sociedade estava vivendo um positivismo, um materialismo, que estava perdendo os padrões divinos daquilo que é bom, justo e perfeito.
Eu se devo alguém e não posso pagar, tenho a maior preocupação de esclarecer para essa pessoa o motivo que me levou a falhar com ela e logo em seguida marco uma nova data para fazer o pagamento. Hoje em dia para a maioria das pessoas isso não funciona, elas simplesmente devem, não dão satisfação e fica por isso mesmo. No meu caso se eu estiver devendo alguém, eu não tenho paz, por que se eu não acertar a minha dívida é a mesma coisa que eu estivesse assaltando a pessoa, a única diferença é que não foi preciso empunhar uma arma qualquer.
E fiz toda essa exposição por que é assim que penso da sociedade hoje. Infelizmente parece que não existe mais aquele dicotomismo do bem e do mal para que sempre possamos ter parâmetros para analisar as nossas atitudes. As pessoas vivem simplesmente, unicamente para atender os seus interesses, não importando que para isso, elas estejam lesando, defraudando, roubando ou até mesmo matando o seu semelhante.
Vivemos numa sociedade tão pervertida, imoral que aquilo que era pra ser uma normalidade é tido como uma exceção, como algo extraordinário. Como exemplo podemos falar do ibope, da manchete que tem quando alguém achando um dinheiro devolve para o seu dono, ele vai parar no jornal da noite, vai ser capa de revista. Se todos agissem de forma correta, talvez um ato desse não teria tanto ibope, por que isso não passa da nossa obrigação. Viver corretamente de forma digna deveria ser algo corriqueiro para todos, infelizmente é um pequeno grupo que tem se esforçado para viver assim distintamente, por que na grande maioria da sociedade, suas mentes simplesmente cauterizaram não tendo discernimento entre o bem e o mal.
É por todas essas razões que vos afirmo que Deus está morto. Seria um grande paradoxo, um absurdo terrível eu afirmar que Deus não existe, todavia ele tem estado morto no coração dessa sociedade pervertida, corrupta, facciosa e gananciosa.