Massacre em igreja no Texas
Atentados com armas de fogo nos EUA, em que alguém doente mental ou revoltado atira aleatoriamente contra uma multidão ou grupos de pessoas são rotina. As Polícias não conseguem prever nem prevenir. E a população vive amedrontada, sem ter como evitar.
A um mês e pouco do maior ataque a tiros, em que um homem de 64 anos identificado como Stephen Paddock, do alto de um edifício, em Las Vegas, abriu fogo contra uma multidão (cerca de 40 mil pessoas) que assistia a um festival de música country a céu aberto, resultando na morte de 59 pessoas e mais de 500 feridos, um novo ataque acontece com proporções gigantes, o 1º da história do Texas e o 5º do EUA. Desta vez a pequena comunidade de Sutherland Springs (cerca de 600 moradores) da cidade San Antonio, no sudeste do Texas foi a escolhida.
No último domingo (05 de novembro do corrente ano), um homem identificado pela Polícia como Devin Patrick Kelley, de 26 anos, por volta das 11h30 hora local (15h30 horário de Brasília) conforme testemunhas, estacionou o seu carro próximo a Primeira Igreja Batista e desceu atirando rumo a entrada da mesma executando 26 pessoas e ferindo mais de 20 pessoas; e quando saia do local foi atracado por um morador que tentou tomar-lhe a arma que caiu no chão, mas conseguiu fugir e entrar em seu carro, quando começou uma perseguição veicular e troca de tiros com outro morador. Após longa perseguição, o atirador foi atingido por dois disparos de arma de fogo bateu o carro e morreu.
A Polícia local informou que o atirador era um homem branco, vestido de preto, e portava um rifle AR-15, de uso exclusivo do Exercito, e vivia no subúrbio de San Antonio, a 56 km de Sutherland Springs, era casado com Danielle Lee Shields, e aparentemente sem ligação com o terrorismo. Conforme testemunhas, o motivo do ataque seria uma briga doméstica com familiares de sua esposa, mais precisamente ameaças à sua sogra, que frequentava a igreja. Mas no momento do ataque, sua sogra principal alvo não estava presente.
Conforme estudos, mais de 33 mil pessoas morrem por ano vítimas de armas de fogo nos EUA, sendo que 22 mil casos estão relacionados a suicídios. Mudar a legislação e proibir o porte de armas para cidadãos americanos é praticamente impossível devido cada Estado ter as suas leis, ainda mais em se tratando de 50 Estados. O Certo é haver um consenso entre os Estados no sentindo de uma nova regulamentação com leis mais rígidas que dificultem o porte de armas.
O presidente Donald Trump que estava no Japão, em um pronunciamento classificou o massacre como “ato de maldade”. Em sua conta na rede social Twitter escreveu: “Que Deus esteja com o povo de Sutherland Springs, no Texas. O FB I e agentes da lei estão no local do crime. Estou monitorando a situação”. Em outro pronunciamento isentou o porte de armas e atribuiu o distúrbio mental causa de muitos massacres no país e que também afeta grande parte da população mundial. É a mais pura verdade. Por este motivo, o porte legal ao cidadão deve ser dificultado no máximo. Mas desarmar uma população que cultua armas não é tarefa fácil, ainda mais sem o apoio da maioria dos partidos e políticos. Pelo visto, ainda temos que conviver com muitos ataques a tiros nos EUA.