PERENE
Existem situações que inexplicavelmente ficam eternizadas em nossas memórias. Passam-se anos e mais anos e aquela lembrança sempre estará guardada no baú da memória.
Era fevereiro de 1970, eu estava cheio de expectativas por que iria começar a estudar. Frequentar um grupo, cadernos, livros, professores, tudo isso, era totalmente novo e deslumbrante.
Devido à dificuldade financeira em que sempre encontrou a minha família. Eu na minha infância, sonhava em um dia poder estudar, trabalhar, para que no futuro eu pudesse oferecer a ela uma vida mais digna. E esse dia chegou, eu estava prestes a frequentar uma escola.
Isso era motivo de alegria, mas ao mesmo tempo, era motivo de preocupação para minha mãe. Para que eu pudesse chegar no grupo Professor Francisco Letro, eu teria que atravessar um viaduto, e isso, era algo que estava deixando-a muitíssimo incomodada e ela sabia que não iria ter condições para me levar todos os dias na escola. Tentei acalmá-la dizendo que iria ter todo cuidado e atenção na hora que fosse atravessar o tão preocupante trevo.
No primeiro dia ela me levou para que eu pudesse aprender o trajeto até a escola. No decorrer do caminho, fiquei todo ansioso e cheio de empolgação para conhecer meu novo ambiente, por onde iria conviver um bom tempo.
Chegando no grupo, logo fui encaminhado para uma fila, e pela primeira vez eu iria cantar o hino nacional brasileiro. Apesar de ser recente, eu estava amando tudo aquilo.
Fomos encaminhados para a sala do primeiro ano e ali conheci a professora Júlia, personagem essa que iria ficar pra sempre guardada na minha memória.
A dona Júlia era de estatura mediana, clara, magra, aparentemente frágil. Fragilidade essa que iria desaparecer diante do zelo e atenção que ela tinha por cada um de seus alunos.
A professorinha acabou me conquistando, por sua gentileza, sua educação e paciência eterna que tinha para ensinar.
Um belo dia ela fez algo, tão simples, mas que ficou marcado pra sempre. Era dia de prova, e ela disse que quem tirasse nota 10 iria ganhar um presente. Eu fiquei todo empolgado para acertar toda a prova. Naquele dia quase que eu não conseguia dormir direito, esperando o próximo dia para saber quem tirou nota 10.
E no outro dia estava a professora Júlia entregando as provas. Para minha surpresa apenas duas pessoas conseguiram acertar a prova toda e uma dessas pessoas era eu.
Ganhei uma régua de presente, fiquei maravilhado, não pelo presente em si, mas pelo fato de ter conseguido tirar a nota máxima. Foi algo tão simples, mas que teve uma motivação tão grande, que esse ocorrido é algo que ficará pra sempre na minha memória.
Atualmente não tenho nenhuma noção do que esteja acontecendo com minha professorinha, mas confesso, gostaria muitíssimo de ter notícias dela.
Uma coisa sei, ela é uma das pessoas que tem lugar cativo no meu coração, e sempre lembrarei dela com carinho. Peço a Deus que onde ela estiver abençoe-a com toda sorte de bênçãos.
Existem situações que inexplicavelmente ficam eternizadas em nossas memórias. Passam-se anos e mais anos e aquela lembrança sempre estará guardada no baú da memória.
Era fevereiro de 1970, eu estava cheio de expectativas por que iria começar a estudar. Frequentar um grupo, cadernos, livros, professores, tudo isso, era totalmente novo e deslumbrante.
Devido à dificuldade financeira em que sempre encontrou a minha família. Eu na minha infância, sonhava em um dia poder estudar, trabalhar, para que no futuro eu pudesse oferecer a ela uma vida mais digna. E esse dia chegou, eu estava prestes a frequentar uma escola.
Isso era motivo de alegria, mas ao mesmo tempo, era motivo de preocupação para minha mãe. Para que eu pudesse chegar no grupo Professor Francisco Letro, eu teria que atravessar um viaduto, e isso, era algo que estava deixando-a muitíssimo incomodada e ela sabia que não iria ter condições para me levar todos os dias na escola. Tentei acalmá-la dizendo que iria ter todo cuidado e atenção na hora que fosse atravessar o tão preocupante trevo.
No primeiro dia ela me levou para que eu pudesse aprender o trajeto até a escola. No decorrer do caminho, fiquei todo ansioso e cheio de empolgação para conhecer meu novo ambiente, por onde iria conviver um bom tempo.
Chegando no grupo, logo fui encaminhado para uma fila, e pela primeira vez eu iria cantar o hino nacional brasileiro. Apesar de ser recente, eu estava amando tudo aquilo.
Fomos encaminhados para a sala do primeiro ano e ali conheci a professora Júlia, personagem essa que iria ficar pra sempre guardada na minha memória.
A dona Júlia era de estatura mediana, clara, magra, aparentemente frágil. Fragilidade essa que iria desaparecer diante do zelo e atenção que ela tinha por cada um de seus alunos.
A professorinha acabou me conquistando, por sua gentileza, sua educação e paciência eterna que tinha para ensinar.
Um belo dia ela fez algo, tão simples, mas que ficou marcado pra sempre. Era dia de prova, e ela disse que quem tirasse nota 10 iria ganhar um presente. Eu fiquei todo empolgado para acertar toda a prova. Naquele dia quase que eu não conseguia dormir direito, esperando o próximo dia para saber quem tirou nota 10.
E no outro dia estava a professora Júlia entregando as provas. Para minha surpresa apenas duas pessoas conseguiram acertar a prova toda e uma dessas pessoas era eu.
Ganhei uma régua de presente, fiquei maravilhado, não pelo presente em si, mas pelo fato de ter conseguido tirar a nota máxima. Foi algo tão simples, mas que teve uma motivação tão grande, que esse ocorrido é algo que ficará pra sempre na minha memória.
Atualmente não tenho nenhuma noção do que esteja acontecendo com minha professorinha, mas confesso, gostaria muitíssimo de ter notícias dela.
Uma coisa sei, ela é uma das pessoas que tem lugar cativo no meu coração, e sempre lembrarei dela com carinho. Peço a Deus que onde ela estiver abençoe-a com toda sorte de bênçãos.