PORTOFINO – UMA FINESSE!

Estivemos em Portofino, encravado em terras italianas, um paraíso encantado, de lindas paisagens, outorgado pela Mãe Natureza a quem se dispõe a contemplar a exuberância do verde da flora vicejante nas elevações próximas, e da água azul-anil, represada no Golfo de Tigullio.

Portofino foi fundada pelos romanos sob a denominação batismal de Portus Delphini, em virtude da existência de numerosos golfinhos em águas do golfo.

Depois da queda do Império Romano, a região foi habitada por monges da Igreja Católica que ali construíram monastérios e outras entidades religiosas.

Em 1175, vendida por setenta liras, passou ao domínio de Rapallo, comunidade da região da Ligúria, uma das vinte regiões italianas. A Ligúria é constituída por quatro províncias, a saber: Gênova, La Spezia, Savona e Imperia.

Em 1229, Gênova transformou o que hoje conhecemos pela denominação de Portofino, em porto mercante. Ao longo de sua existência a cidade passou por diversos proprietários. Sim, foi vendida diversas vezes: Em 1409, a Florença, e, seguidamente, a Gênova, mais uma vez, e a Florença, novamente, até chegar ao dono definitivo, a Itália, depois de ter pertencido a nobres famílias da época.

Portofino dista cerca de trinta quilômetros de Gênova, terra natal de Cristóvão Colombo, desbravador dos mares e descobridor da América.

A diversificada flora nativa da região é estimada em mais de novecentas espécies de vegetais, espalhados por apenas dois quilômetros quadrados de área territorial.

A fauna é abundante. Mamíferos de diversa natureza, entre eles o javali, espécie de porco selvagem, de pelo áspero e de presas proeminentes, somam-se às aves de muitas espécies, algumas migratórias, tais como patos, garças e gaivotas.

Pequenas e grandes embarcações, inclusive luxuosos iates, alguns de países circunvizinhos, ali aportam depois de navegarem pelo mar ingente de onde partiram.

A extensão territorial, de pouca expressão quantitativa, é compartilhada por apenas quinhentos habitantes. Somente quinhentas pessoas residem naquele lindo recanto, tido como um dos mais belos do planeta e considerado a oitava maravilha do mundo. Sem exagero.

Pelas vias urbanas de Portofino não circulam veículos automotores. A iniciativa visa à proteção dos transeuntes.

Esse pequeno lugar abriga bons e caros restaurantes, elegantes lojas de artigos de luxo e recebe para férias e lazer eventual, ricos empresários e celebridades do mundo artístico internacional. Todos ali acorrem para desfrutarem da dolce vita.

Em nossos passeios, conhecemos alguns pontos de destaque: igreja de San Jorge, de 1154; igreja de San Martin, do século II de nossa era; e alguns locais espalhados por ruas milenares.

Ao final da tarde, regressamos à cidade de Santa Margherita Ligure, onde pernoitamos no Hotel Jolanda, depois de rápidas incursões aos centros histórico e comercial do lugar.

Antes, porém, de chegarmos ao Hotel Jolanda, fomos à Pizzaria Palma. Depois de banqueteados, cantamos a melodia Parabéns pra Você, comemorativa ao aniversário da Márcia, minha filha caçula, naquele 26 de junho. A atenciosa senhora que nos serviu, informada da data do gentílico da Márcia, presenteou-a com bolo, para festejarmos seus... A idade? Deixa pra lá!

Aqui, concluo esta curta crônica de viagem a Portofino. De tão lindo, o lugar reclama nova visita, para, não apenas conhecê-lo melhor, mas, e, principalmente, desfrutar da beleza natural que se nos oferece. Graciosamente!

Até a próxima oportunidade, pessoal. Da próxima vez, falarei do passeio que fizemos e Cinque Terre, também na Itália. Até lá!