VOCÊ CONHECE O LAGO DE COMO?

Viajamos de trem, partindo da Estação Cadorna até a cidade de Como, a uma hora distante de Milão. Comunidade rica em história e beleza natural é banhada pelo lago que lhe empresta o nome, anteriormente denominado Lago di Lario.

O Lago de Como é um dos mais bonitos do mundo e o terceiro maior da Itália, com 146 quilômetros quadrados de área. Sua profundidade de 410 metros supera a de muitos congêneres europeus. Está circundado por altas montanhas, algumas com altura superior a 2.000 metros.

A configuração do lago é em forma de Y, com a posição invertida, ou seja, a parte superior que forma um V fica para baixo. A cidade de Como está localizada em uma das hastes do V. Às margens do ambiente lacustre nasceram e cresceram pequenas localidades, quase todas bem atrativas.

Encravada na região da Lombardia, Como fica perto da fronteira com a Suíça. Foi fundada pelos romanos, em 59 a.C. Seu nome de batismo era Novum Comum. Dista a apenas 45 quilômetros de Milão e é considerada a principal entre as comunidades ribeirinhas, destacando-se Bellagio, Cadenabbia, Cernobbio, Menaggio e Tremezzo. Algumas dessas comunas fazem fronteira com a Suíça.

A população de Como é de 85 mil habitantes nativos e cerca de sete mil estrangeiros, distribuídos por 37,12 quilômetros quadrados. Celebridades internacionais do porte de Madona, Brad Pitt, Gianni Versace e George Clooney possuem belas mansões na região, bem servida de bons hotéis, agradáveis restaurantes e parques onde o verde florestal abunda para deleite de embasbacados turistas. A visão panorâmica encanta por seu esplendor natural, colorida do verde da vegetação e das águas cor de anil. Um paraíso terrestre!

Sob o sol inclemente, fizemos caminhadas exploratórias margeando o lago entre os espaços ocupados por um sem-número de restaurantes. A vista lacustre é de tirar o fôlego, forçando-nos a constantes paradas para fotografar a beleza que nos embevecia.

Almoçamos em agradável ambiente, refrigerado, um alívio para o corpo que reclamava a todo instante por providências urgentes para saciarmos a fome opressora e aliviarmos o calor intenso.

Recebido o cardápio, escolhi lagosta como secondo piatto, acompanhado de un buon vino rosso. A dificuldade foi dar conta de partir a lagosta, o que fiz com a ajuda da Vânia, utilizando instrumento apropriado para a empreitada. Saciada a fome, fomos conhecer um lugar deveras sugestivo.

A bordo de um funicular, subimos os 1084 metros até o cume de interessante miradouro. De lá, avistamos a cidade aos nossos pés, salpicada do verde nativo das árvores frondosas e ornamentada por belas construções antigas e contemporâneas.

Depois, saímos a caminhar pela orla do lago, sempre fotografando. E como o fizemos! Aproveitamos o longo entardecer europeu e fizemos visitas a alguns pontos turísticos de destaque: a catedral, o Palazzo Braletto, a Villa Olmo, este, um palacete construído em 1797.

Desta feita, a crônica a ser lida servirá para compensar a última, cujo espaço foi extrapolado por este prolixo cronista. Na próxima oportunidade, você conhecerá outro recanto italiano digno de admiração. Até lá!