VANTAGENS DE NÃO SER BONITO(A)

Vamos deixar bem claro: estou falando em gente verdadeiramente bonita, fisicamente linda, tipo George Clooney, Angelina Jolie ou Gisele Bündchen. Pessoas assim podem desperdiçar muitas chances, mas geralmente têm grandes possibilidades de sucesso na vida, desde que a cabeça não seja fraca e contem com algum talento. É preciso assinalar, também, que há indivíduos de grande beleza capinando na roça, dirigindo caminhão ou fazendo qualquer outra coisa sem “glamour”: por temperamento, desígnio ou por diversas circunstâncias. Bom, se você não causa tanto impacto e não irrompe cintilantemente em qualquer meio, como era o caso da Musa Marilyn Monroe, está no meu chão. Aliás, mesmo a Marilyn roeu um osso. As oportunidades que a beleza propicia, diga-se, não se limitam às artes e ao estrelato. Então, quais as vantagens de não ser “bonito”? Acho que são muitas, a primeira delas é que o sujeito precisa desenvolver bastante a inteligência, o conhecimento e a desenvoltura para abrir seu caminho. Com relação ao sexo oposto (regra geral), os problemas de encontro afetivo são mínimos, se é que existem. As relações humanas mais qualificadas deitam raízes em razões que, não raro, estão além da própria razão. Naturalmente, o leque de escolha não é tão sortido, mas a quantidade, a abundância, seguidamente atrapalha. Afinal, a maioria escolhe o veículo pelo rendimento do motor e não pela lataria. Ou não? E atenção, não estou discutindo aqui idade, cor, religião, política ou poder econômico. É beleza pura. Outra vantagem, o não bonito é mais criativo e até aprende a ser bonito, sem sofrer na competição acirrada da fogueira das vaidades. Acho que também é mais realista e preparado para enfrentar as adversidades da vida e do passar dos anos. Todos devem se achar bonitos – sempre haverá apreciadores - o grande problema é quando acreditam demais nesta ideia. Tem bastante gente que “se acha”. Como dizia um cego conhecido “morro e não vejo tudo”.