SEXO? MENOS, MENOS

Não é menos sexo, por favor, é menos preocupação com a matéria: nossa sociedade já anda “sexualizada” ao extremo, as informações abundam no seio das famílias, na escola, pela televisão, na literatura e pela internet - que é território livre e incontrolável. Todo mundo orienta todo mundo e há um exagerado debate exaltando o assunto, seja no sentido liberal, seja mais repressor. Na verdade, cada um vai curtir o que for de sua natureza e o preconceito viverá seus estertores, podendo resistir aqui e acolá, mas como furo n’água. Não conheço mais ninguém trancado no armário. Portanto, menos discurso filosófico e mais orientação objetiva, prática e saudável de apoio ao jovem. Mas as crianças pequenas devem sempre ser protegidas de tanta assombração. Afinal, em pouco tempo, elas alçarão vôo solo. Obviamente, existe a preocupação importantíssima de plasmar princípios e valores, mas não dá para virar o fio e transformar o assunto em obsessão filosófica. O que recebi dos pais e aquilo que pude passar aos filhos está de bom tamanho. O perigo é outro e, aí sim, pode entornar o caldo, como já acontece: o espectro das drogas - que infelicita famílias, destrói a sociedade e desnatura o indivíduo. Lícitas, quando desenfreadas, e, sobretudo, ilícitas, as drogas são o mal do século, incomparavelmente mais devastadoras do que o absinto, o ópio ou o barril de rum dos piratas da sociedade de antanho. Vejam bem: o cigarro não dá piração, só prejudica a saúde, mas parece que se tornou, ele só, o grande inimigo público, mobilizando governo, instituições e pessoas em santas cruzadas. Ninguém estupra, promove orgia, se acidenta de carro, agride, mata, porque fumou a nossa boa e tradicional erva cultivada lá em Santa Cruz do Sul. Uma geração bem educada é a melhor solução.