Sui Generis

Como caçar e prender mais de 200 milhões de barganhadores no país dos corruptos. Sou brasileiro e incluo-me na súcia familiar do "faça isso, que te dou aquilo" que domina a nossa família. Tentam rotacionar a seta da mão de direção, mas corrupto e corruptor trilham a mesma via e o mal fadado ato de corromper-se, vem incorporado ao DNA do brasileiro. Essa é a realidade e quem souber outra, que apresente contas dos centavos gastos diariamente para Receita Federal. A filosofia do brasileiro é: "se eu não estiver ganhando nada, nada farei". Não fazem nada se não for na base dos esqueminhas, influências, clientelismos, favorecimentos. Abaixo a hipocrisia, a omissão do não sei de nada, do mal caratismo do não fui eu; pois, somos povos sui generis nos eventos de safadeza social e humana. Somos sim, desonestos por eloquência.

Como disse o nosso irmão de corrupção: "se me prenderem, não vale a pena ser honesto nesse país." Isso aqui só vai no dia que fecharem as portas do comércio para balanço e limpeza de estoque; o que provavelmente jamais ocorrerá, pois o brasileiro não entende as metáforas que não lhe são convenientes. Até no entendimento gramatical - mas é devotado ao inglês - somos corruptos e sem medir as consequências, botamos o esplendoroso idioma pátrio a perder.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 13/07/2017
Reeditado em 14/07/2017
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