O PREÇO DAS COISAS
Realmente, a inflação está em queda. Portanto, aluguéis, salários, remuneração de investimentos, aposentadorias e pensões estão com correções anuais baixas, em alguns casos, inexpressivas. Teoricamente, está correto. Se a SELIC baixa, é porque a correção inflacionária assim demanda e o juro real mesmo assim fica de bom tamanho, no Brasil. Até o preço dos imóveis baixa: não há dinheiro na praça. Mas a classe média não pode enganar-se muito: se você gosta de frequentar um restaurante de qualidade e badalado, o preço continua muito elevado. Se você gosta de viajar para o exterior, idem, já que dólar e euro são caros. O custo de alguns serviços especializados não baixou, pode ter se estabilizado. O que baixou, eventualmente, foi o seu ganho, a sua poupança. Então, se você não curte promoções e soluções alternativas, é bom ficar de olho no orçamento. E atenção: quando as coisas boas ficarem baratas mesmo, pode a qualidade ter caído ou até saírem de cena, o que não é raro numa fase de certa recessão, com baixa liquidez. Mesmo o serviço especializado, na crise, só vai executar seu crédito na Liga Náutica, se mantiver a clientela. Apenas uma economia com vitalidade pode restabelecer a tranqüilidade. Infelizmente, depende bastante da normalidade política do país.