A Copa de 2014 e a vitória da Alemanha
O técnico de futebol Luiz Antônio Venker Menezes, mais conhecido por Mano Menezes, dirigiu a seleção brasileira de futebol entre 23 de julho de 2010 a 23 de novembro de 2012, com um aproveitamento de 69,69%. Em 33 partidas, obteve 21 vitórias, 06 empates e 06 derrotas. Conquistou 69 pontos dos 99 disputados. Na Copa América de 2011, viu seus pupilos serem eliminados nas quartas de final para o Paraguai nas cobranças de pênaltis por 2 a 0, após um empate sem gols no tempo normal e prorrogação. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred erraram as suas cobranças.
Apesar de não ter vencido nenhuma seleção campeã do mundo, vinha desenvolvendo um bom trabalho de renovação e consistência; e a seleção contava com uma boa defesa, um bom meio de campo, faltando apenas um bom ataque. Mesmo assim seu trabalho não agradava a cúpula da CBF e foi demitido. A meu ver, a sua queda foi mais por ingerência política. Mal que afeta o futebol brasileiro.
Os dois últimos campeões do mundo (2002 e 1994), Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira assumiram a seleção brasileira, com perspectivas de conquistarem a Copa do Mundo de 2014, em casa. Com um ataque mais afinado o Brasil conquistou a Copa das Confederações de 2013 com folga. O Brasil penta campeão e a Espanha última campeã eram os grandes favoritos para a conquista da Copa do Mundo de 2014.
A Espanha que encantou o mundo com futebol mágico em 2010, estreou perdendo de 5 a 1 para Holanda, no segundo jogo perdeu para o Chile por 2 a 0 e deu adeus a classificação. A nossa seleção vinha se dando bem até o jogo contra a Colômbia em que venceu por 2 a 1 e se classificou para as semifinais. Contra a Alemanha, no estádio Mineirão, Belo Horizonte - MG, 8 de julho de 2014, terça-feira, 17h (horário de Brasília), entrou em campo sem dois titulares, Neymar contundido e Thiago Silva suspenso por receber o 2º cartão amarelo. O Brasil não viu a cor da bola e levou 7 a 1, caracterizando a sua maior goleada em Copas do Mundo.
O Brasil se perdeu em campo e viram os alemães Schweinsteiger, Khedira, Kroos, Ozil e Muller darem um show de bola. Até o veterano Miroslav Llose entrou em campo para marcar 16 gols em Copa do Mundo e bater o recorde do Fenômeno Ronaldo. Comentários à parte, os alemães tiraram o pé do acelerador. O Atacante Oscar fez o gol de honra para o Brasil, aos 44 minutos do segundo tempo. Pelo visto, com as substituições, o Brasil ficou vulnerável na defesa, sem um meio de campo combativo e sem um ataque efetivo, presa fácil para os alemães disciplinados taticamente. Na verdade, faltou a nossa seleção, um time B, C e D, como têm os alemães. (Na decisão pelo 3º lugar, o Brasil ainda perdeu para a Holanda por 3 a 0).
A Alemanha continha uma bagagem de 03 títulos mundiais, mas por estar em jejum de 24 anos não era tida como favorita para a conquista da Copa do Mundo de 2014, e chegou de mansinha, sem nenhum alarde. Ao longo da competição foi ganhando confiança com um esquema tático defensivo, muita trocas de passes e ataques certeiros. A final contra a Argentina de Messi, Di Maria e Higuain foi acirrada, com muita marcação, e parecia caminhar para a disputa de pênaltis até que aos 8 minutos do segundo tempo da prorrogação o pequeno Mário Gotze recebeu de Schurrle, dominou no peito e chutou para o título, e sua consagração.
Ainda sob o comando do experiente técnico Joachim Low, responsável pela restruturação do futebol alemão, a Alemanha conquistou a Copa das Confederações de 2017, título inédito, ao vencer o Chile por 1 a 0. O Chile foi melhor durante a partida, mas a Alemanha jogou no erro do Chile e soube explorar os contra-ataques, tática que vem dando certo contra os seus adversários. Com um bom retrospecto, a Alemanha é a grande favorita para a conquista da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. E o Brasil que se cuide!
Goiânia – G0., 04 de julho de 2017