E foi naquele dia quando me arrumava para sair
Comecei me olhar no espelho e tudo parou, me
Vi diante de uma desconhecida, de uma estranha
Mulher, a me encarar, confesso que tive medo,
Mas fiquei a ali, a lhe encarar e a lhe perguntar
Quem é você? De onde veio? O que veio fazer
Aqui nessa terra? Nesse corpo, quem é a dona
Desse olhar que me encra agora? O Silêncio
Continuou e o medo também e nehuma resposta
De olhar fixo em meu olhar, por um tempo e de
Repente a imagem pareciia ter congelado no espelho,
E por segundos, pensei que eu havia congelado,
Também o medo foi grande e eu soltei um grito
Desesperador e todos correram para o quarto. Me
Perguntaram o que tinha acontecido, nada, respondi.
Sairam do quarto, ouvi alguém, falando: Eu sempre
Achei essa menina meio estranha. Senti vontade de
Sorrir, enfim, por muito tempo fiquei com medo de me
Encarar num espelho. E ainda hoje me olho normal,
Mas não me aprofundo, não me encaro mais, daquela
Forma, porque vai que eu me perca por essses
Emaranhados, por essas tantas que habitam em mim,
Por esses labirintos profundos e enigmáticos por onde
Permeia minha alma e vai que eu não volte mais das
Brenhas de mim, ou que eu volte, sem dar conta
Das tantas que sou, melhor não arriscar e apenas me
Olhar, normal, como todo mundo e me desejar um bom
Dia, boa sorte e dizer que me amo e pronto. Nada de
Ficar me onvestigando no espelho.

Kainha Brito
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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 08/06/2017
Reeditado em 23/06/2017
Código do texto: T6021547
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