liberdade 4
No escurecer das nuvens, fez-se um anoitecer dentro de mim. Assustei-me.
De repente uma ventania impetuosa assoprando e levando tudo, até meus pensamentos perderam o rumo e o prumo no meu equilíbrio. Já nem sei se é: são ou insano.
O trovejar arrebata minha sanidade, transporto-me para um caramujo, para fugir do frio siberiano, que já nem sei o que pensava ser.
E continuava a caminhar, nos passos que fui andando, fui tropicando nas confusões das injustiças, tive cólica de raiva e algumas congestões de indignação e outras de frustração.
Tomei um comprimido de oração para não perder o rumo de onde caminhava.
Eram pessoas transfiguradas de estresse e desilusão, outras tantas vivendo ultrajadas de ignomínia, suas revoltas e violências contidas estavam por um fio, “qualquer pisada no pé” era o risco, que corríamos, de sermos, esbofeteados por alguém mais estressado até os quintos dos infernos.
Naquele corre-corre, do ganhar o pão; e caminhando por aquela avenida por ironia chamada Liberdade.