Sou antes de mais nada o que nem sei quem sou. Sou a soma do gênese com o meio que me formou: família, escola, amigos, região, a cidade onde aprendi a andar, os brinquedos que brinquei, e os que não pude brincar, as lendas que ouvia dos mais velhos, a comida que fui alimentado, as escolas por onde estudei, professoras que amei e outras que odiei, algumas me matriculei ouras desmatriculei, os esportes que exercitei, o dDeus que acreditei desacreditei para acreditar.
Sou a soma dos livros que li, dos amigos que andei, dos genes que fui formado, dos atalhos que me apontaram, das dores que chorei.
Sou também o espermatozoide que venceu a batalha e encontrou um óvulo receptivo que soube desde o início a batalha que tinha a enfrentar para vencer a todos os obstáculos que viriam pela frente. Sou a imperfeição do perfeito, amante das artes, da beleza, minha satisfação sensorial me convida a relacionar-me com os seres, tenho na busca ao equilibrio uma relaçao sensitiva  com os meus iguais, a natureza me paralisa e cativa com o meio ambiente. Vomito diante da palavra agrotóxicos
A vida vai nos fazendo viver de muitas maneiras, como se vivêssemos várias encarnações numa só passagem. Quando superamos o medo de ser; vamos nos surpreendendo com o que dispomos para o crescer. Talvez o melhor de nós mesmos, nunca saberemos pela própria incompreensão de nos reprimir.
A vida vai nos fazendo, refazendo, nos reconstríndo e nunca estamos terminados.
Mas, com certeza sou também a soma de todas as leituras que me fizeram ser inteiro.