É, MAS NÃO É TANTO ASSIM

Recebi de alguns amigos, inclusive meu filho, a observação de que meus últimos textos estão carregados de saudosismo. Concordo, seria estranho se não fosse um pouco assim. Mas, vou utilizar aqui uma frase lapidar de família, da minha irmã Ana Maria, quem, depois de ouvir críticas sobre isto ou aquilo a seu respeito, respondia: “É, mas não é tanto assim.” Fiz apenas certas análises e comparações. Acredito mesmo que não sou saudosista. Gosto da vida moderna, da tecnologia, do conforto, das alternativas e acho que os guris de agora são muito inteligentes e espertos. Não cultivo visões apocalípticas do país e do mundo. Tenho saudade dos pais, familiares e amigos que partiram e das boas festas de antigamente, com as músicas que eu curto, mas não sinto falta do Costa e Silva, da moeda cruzeiro, da revista Manchete, das galochas de borracha ou do sabugo de milho. Muito pouco de mim, creio, está preso ao mundo de outrora. Até a seleção do Tite é melhor do que todas aquelas que acompanhei ao longo da vida. Se não me entenderem muito bem, eu aceito. Como dizia o CHACRINHA “Eu não vim para explicar. Vim para confundir”.