Falta de noção...
Já fui aconselhado não somente uma, mas algumas vezes, “a repensar as minhas introduções e conseguintes dissertações”, a procurar ser mais “profissional” e menos “cordial”, a objetivar escrever com base no padrão acadêmico especifico da área que pretendo fazer parte, para que somente assim, quem sabe porventura algum dia após muito treino, venha a ser aceito e respeitado entre seus membros... Como nos disse em sala de aula uma professora em especial, “toda profissão tem seu padrão, suas normas e regras, “o habitus de seu grupo”, dessa forma, não deveria desde início o pretenso professor tentar ser o mais profissional possível em seu ramo também, a seguir o ditames do meio que se meteu e trata-lo com a seriedade requerida?”
Pois bem, confesso que, mesmo concordando até certo ponto com a afirmação da professora (Deus do céu, quem sou eu para concordar ou discordar de alguma coisa, quiçá de um professor!), ainda assim tenho decerto muita dificuldade de agir da forma adequada e falar para o público em geral (que no caso aqui, seria um público imaginário), quando na verdade a única pessoa que irá ler meu trabalho, será a distinta professora...
Diferentemente de algumas profissões, ao meu ver, a de docente, parece ser bem mais passível de “flexibilidades”, e talvez por isso, haja espaço para, ao menos no decorrer do curso de licenciatura, “manter ainda certos códices próprios meus”, “certa cultura”, mesmo que desarranjada, que trago dentro de mim. Até que o “meu eu” selvagem seja domesticada pelo “colonizador” (tentativa de analogia com matéria a respeito do trabalho pedido).
Claro que tudo indica que a dificuldade que empata o desenvolvimento correto das minhas dissertações, seja lá qual for a modalidade pedida (resenha, resumo, aferição...), se deve bem mais pela minha falta de noção, de capacidade intelectual e domínio metodológico para tal, do que por quaisquer outros motivos.
...Falta de noção, eis mais está introdução sem fundamento e esquisita que comprova ainda mais isso. Era realmente necessário escrever todas essas coisas? Não bastava de fato tentar apenas introduzir o texto do Ciro Flamarion?