VIAGEM À COLÔMBIA II
Conforme prometido, aqui estou para continuidade da narrativa sobre viagem à Colômbia e ao Panamá. Vejamos, pois:
Antes da chegada dos espanhóis, a região da Colômbia era habitada por tribos indígenas de bom nível de desenvolvimento, destacando-se os muiscas e os chibchas.
Em 1499, Alonso de Ojeda e João da Cosa foram os primeiros espanhóis a pisarem o solo colombiano, seguidos de várias expedições. Em 1525, os conquistadores já havia criado a primeira comunidade na região, que denominaram de Santa Maria.
Depois, outras localidades foram fundadas, tais como Cartagena, em 1533, e Santa Fé de Bogotá, conhecida atualmente apenas por Bogotá. A fundação dessa cidade ocorreu depois de Gonzalo Jiménez de Ojeda derrotar os índios chibchas, em 1538.
O país de então foi denominado Nova Granada, região rica em minerais e que esteve acossada por piratas, franceses e ingleses. Nova Granada era subordinada administrativamente ao Peru. A partir de 1717, Bogotá passou a ser a capital do novo vice-reinado, agregando os territórios do Panamá, Equador, Venezuela e Colômbia.
A independência da Colômbia foi proclamada em 1810, por Simón Bolívar. Essa foi a primeira independência política do país. A segunda ocorreu em 1819. Sim, a segunda, pois a primeira libertação do domínio espanhol fora em 20 de julho de 1810, tendo a Espanha reconquistado o território em ação posterior.
A partir de 1830, Equador e Venezuela tornaram-se independentes, enquanto o Panamá somente alcançou a liberdade em 1903.
No ano 1964, insatisfeitos com o acordo firmado entre liberais e conservadores, os líderes instituíram as Forças Armadas da Colômbia, comumente chamadas de FARC.
Outras organizações revolucionárias surgiram com as denominações de ELN – Exército de Libertação Nacional e o M–19 – Movimento Revolucionário 19 de abril, tão conhecidos de nós, vizinhos brasileiros.
A coisa, porém, não ficou por aí. Nos anos setenta, o narcotráfico estabeleceu-se na Colômbia, associado às FARC, e passaram a produzir cocaína em escala crescente.
A Colômbia é o maior produtor mundial de cocaína. Exporta a droga para os Estados Unidos e outros países. As FARC dominavam 20% do território colombiano. Recente plano de paz está sendo gestado para extingui-la, talvez, transformando-a em partido político, a exemplo do que ocorreu ao M-19 – Movimento Revolucionário 19 de Abril.
Com 1.138 quilômetros quadrados de extensão territorial, a Colômbia possui 47,2 milhões de habitantes falando a língua espanhola. É considerada a segunda maior população da América do Sul, sendo 92,8% alfabetizados. Um índice invejável! E nós aqui, oh!
O cristianismo católico é a religião oficial do país, com 93%, contra 4% atribuídos aos protestantes. Outras religiões somam 1%, enquanto os 2% restantes declaram-se agnósticos por reputarem inacessível o entendimento humano para o que propõe a religião. Para eles, o conhecimento provém exclusivamente da experiência e não de conceitos religiosos.
A Colômbia é a terceira economia sul-americana, a Argentina em segundo lugar e o Brasil em primeiro. A agricultura colombiana responde por 13,9% do PIB, enquanto 55,8% estão representados por setores de serviços e 30,3% vinculados à atividade industrial.
A moeda corrente no país é o peso colombiano. O Índice de Desenvolvimento Humano corresponde a 68, considerado alto. O IDH é obtido mediante avaliação da riqueza, alfabetização, educação, natalidade e expectativa de vida da população. Esse índice é calculado entre os cento e oitenta e oito países membros das Nações Unidas.
O ponto mais elevado da Colômbia está situado na Cordilheira dos Andes, no pico Cristobal Colón, a 5.775 metros de altitude. Exceto nas proximidades dos Andes, a temperatura é quente. Os dias passados em Bogotá, por exemplo, revelaram-se bastante frios.
Ao término da modesta descrição do país, na visão deste escriba, contarei como e o que vimos na capital colombiana, lugar onde passamos quatro dias de intensa atividade turística:
A história registra a fundação de Bogotá no dia 6 de agosto de 1538, pelo espanhol Gonzalo Jiménez de Quesada, que, inicialmente, a batizou com o nome de Nuestra Señora de la Esperanza, ou, em português, Nossa Senhora da Esperança.
Em 1539, por ocasião da constituição oficial da cidade, mudaram-lhe a designação para Santafé ou Santa Fé de Bogotá. Novamente, trocaram a denominação de Santa Fé de Bogotá para Bogotá, simplesmente Bogotá, nome indígena originado da palavra Bacatá, que quer dizer “território cercado da fronteira”.
A população da capital é de sete milhões de habitantes, aproximadamente. Bogotá é uma urbe moderna, diversificada e culturalmente ativa, sem muito a dever às grandes capitais estrangeiras.
Seus logradouros públicos, parques, jardins e restaurantes oferecem ao visitante substancioso cardápio composto de história, cultura, diversão e gastronomia de elevado conceito.
Essa metrópole de que lhe falo possui mais de cinquenta museus, destacando-se o Museu do Ouro com 34.000 peças confeccionadas no precioso metal, contando, ainda, com cerca de 20.000 objetos cerâmicos, têxteis e pedras preciosas, oriundos das diversas culturas pré-colombianas.
Segundo informações obtidas em publicações especializadas, o Museu Nacional tem mais de dois séculos de existência. Essa valorosa entidade dispõe em seu acervo de vinte mil peças de valor histórico, além de idêntico número de objetos de diversas culturas.
Eis os principais museus da cidade, excluídos desta citação o Museu do Ouro e o Museu Nacional, já menciona-dos. São eles: Casa da Moeda; Museu Jorge Eliécer Galtán; Museu Botero; Museu Ricardo Gómez Campuzano; Museu Santa Clara; Museu Arqueológico; Museu de Arte Colonial; Museu de Arte Contemporânea; Museu de Arte Moderna de Bogotá; Museu de Arte Religiosa; Museu de Artes Gráficas; Museu de Arte e Tradições populares; Museu de Desenvolvimento Urbano; Museu dos Meninos... E muito mais!
A cidade dispõe de grande número de salas de teatro e de cinemas. Eis algumas: Teatro Santafé; Sala de Concerto Luís Angel Arango; Teatro de Belas Artes de Bogotá; Teatro ao Ar Libre La Medida Torta; Teatro Camarin del Carmen; Teatro Colón; Teatro El Parque; Teatro Experimental La Mama, entre outros.
Quanto às salas de cinema, por constituírem extensa lista, direi apenas que existem quarenta e cinco de variadas denominações.
Para não cansá-lo, faço pequena pausa nesta narrativa. O próximo capítulo será do agrado de todos. Tenho certeza. Ou não? A resposta, positiva, negativa ou com restrições ficará a cargo de você, caro leitor. Hasta luego!