nas nuvens
Naquela noite não conseguira dormir virava-se para um lado, virava-se para o outro, e a manhã que não chega, em uma noite que já estava velha. E de tanto pensar chegara à conclusão que não havia nada a fazer, se não o esperar na calma, aquele angustiante amanhecer, mas precisava sair das nuvens e pousar na realidade, será que suportaria?
Não adianta imaginar uma sociedade justa e harmoniosa, mas como não pensar?
A noite é calma, mas escura e o vento faz um revoar num rugido que apavora! Porque será que não permitem que o povo subtraia a ignorância oferecendo novelas e tantos outros programas e estímulos aos condicionamentos que faz com que o povo viva a pensar com a laringe ao invés do cérebro. Sem educação de qualidade com aulas de música e cultura com estímulos a todas as formas de artes, até para serem criaturas melhores, as famílias; pai e mãe deveriam ensinar as crianças desde o berço que a irresponsabilidade não compensa, e a vida é o desconhecido e estamos todos em busca do seu significado. O humano assim como todos os seres é solitário... Vive-se no barulho espantando a solidão e nem se vive na busca da razão, mas na paralela do consumo que nos consome no tédio e na ira como as válvulas de escape para espantar o medo.