SERTANEJO AGRADECE AJOELHADO / VENDO A CHUVA MOLHANDO A REGIÃO
Lendo a glosa do poeta José Dantas, que fala da chuva no seu Sertão, veio-me à lembrança a minha Itabaiana, que não é Sertão, mas encontra-se no semiárido brasileiro.
Saí da Rainha do Vale, por força de transferência, aos 28 anos, mas não lembro um dia de chuva que não tenha sido uma festa para os meninos.
No meu tempo adolescente havia uma praia deliciosa no Rio Paraíba, onde jogávamos bola. Durante as chuvas eu ficava espiando as carícias que os céus provocavam ao pulverizar o espelho do rio e a prata das areias com as suas águas finas, quase alfinetes. rsrs
Aí resolvi também glosar no mote do poeta Aldaci Medeiros, porque Itabaiana é uma terra de poetas apaixonados pelo Sertão e marquei uns caboclos e umas caboclas poetas, que adoram o cenário sertanejo e o vale do Rio Paraíba.
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E é o sapo coaxando a sinfonia
Da presença da chuva na palhoça
Sertanejo, o maestro da mão grossa,
Solfeja, rir, saltita, rodopia
“Oh, meu Deus, tanto tempo que não via
O teu Céu despejando em profusão!”
Brevemente a fartura pinta o chão
Que já fora habilmente todo arado
SERTANEJO AGRADECE AJOELHADO
VENDO A CHUVA MOLHANDO A REGIÃO
Glosa: Sander Lee
Mote: Aldaci Medeiros