Polícia feminina
 
Teu anel de safira está posto à venda
para pagar as dívidas e o aluguel,
à noite em patrulhas sob o luar do céu
esperas o bandido, que esperamos prenda.
 
O anel tu recebeste de um capitão,
morto em assassinato, não deixou medalhas,
guardas em tua casa algumas das tralhas
deixadas em teu lar, em triste supetão:
 
o quepe de serviço, alguns uniformes,
o travesseiro ao lado que abraçada dormes,
mas quero em tua casa o que tens apenas.
 
E livre-se depressa das lembranças vãs,
que são do sofrimento apenas irmãs,
ao cultivo em teus olhos da dor das tuas penas.
 
Uma sociedade que não se comove com a morte dos seus soldados da polícia corrompe a polícia e corrompe o bandido, por incrível que pareça é isso mesmo porque criminosos não tem limites em relação ao que é do outro e matam além de policiais cidadãos com vida legal, não importa se sejam dessa ou daquela posição legal, porque não devem nada a ninguém, ao menos se vierem a se tornar criminosos. O bandido assim tem a sociedade, ou parte dela a seu favor seja por razão ou omissão, entre 1994 e 2016, morrerem 3234 policiais, então a anuência sem nenhum movimento para um basta a morte dos Policiais Militares estimula o banditismo, grande beneficiário dessa sociedade corrupta passiva ou corrupta ativa em relação ao que são as leis criminais e o apoio da população às mesmas, não se quer aqui que haja um estímulo às mortes de populares ou bandidos, o que se quer é que nas mortes de policiais a população se comova mais do que se comove com a morte dos bandidos, assunto a ser avaliado caso a caso a luz da Lei. Onde a autoridade é corroída tudo fica impossível.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 04/02/2017
Reeditado em 04/02/2017
Código do texto: T5902478
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