Cores da infância
É interessante como as lembranças da infância sempre retornam a nossa mente. São relapsos de saudade, ternura, alegrias, sensações vividas... Hoje especialmente lembrei de algo. Como já falei em outro escrito meu, que sempre gostei das cores, do colorido das coisas e por assim ser, meus desenhos de criança eram sempre pintados com diversas cores. Nunca gostei de pintar uma casa, por exemplo, toda de uma só cor, como faziam algumas das minhas amigas. Não sei, achava triste um desenho que tivesse apenas uma cor. E veja que nesse tempo eu nem conhecia o Romero Brito. Acho até que temos uma alma parecida e que se eu tivesse desenvolvido a minha arte em pintura, seguiria a sua linha.
Agora a pouco estava assistindo a Baby Consuelo na Televisão, hoje conhecida como Baby do Brasil, o que creio ser este um nome apropriado para ela que gosta tanto das cores e por ser o Brasil um país multicolorido. Pois bem, o que eu observava na Baby não era o seu talento musical, do qual também aprecio bastante, mas a cor lilás dos seus cabelos. Um lilás vibrante combinando com um tipo de chapéu peludo, também de um forte e alegre lilás, que aliás se confundia com a cor do seu cabelo, por ser ambas as cores igualzinhas. Lembrei que o cabelo dela, quando eu era criança, não era apenas lilás, era tricolor: azul, vermelho e lilás. Até comentei outro dia com minha cabeleireira que sempre admirei o cabelo da Baby e se pudesse teria pintado o meu igual ao dela. Sei no entanto, que a minha mãe nunca permitiria essa loucura, então tudo ficou apenas no campo dos sonhos. Hoje acredito que já seja tarde para realizar esse desejo, que na verdade foi se perdendo ao longo da vida. Sem falar que para a vivência da minha vocação não seria permitido. Mas sei que essa vontade já passou, sinceramente passou...
É engraçado como vamos mudando ao longo das nossas vidas, deixamos de gostar e apreciar certas coisas e atitudes e passamos a gostar de outras. Talvez pela própria maturidade que o tempo nos traz. Por exemplo, quando criança, não gostava de pintar meus desenhos com lilás, apesar de apreciar essa cor no cabelo e nas roupas. Mas o lápis de cor lilás e azul escuro eram sempre deixados de lado. Depois aprendi a usá-los e a gostar dessas cores em meu desenho. Também odiava melancia e abacaxi e hoje é uma das frutas que mais aprecio.
Mudam-se nossas atitudes, mudam-se nosso paladar, mudam-se as cores que vamos dando a vida. Porém a nossa essência é sempre a mesma. Eu por exemplo, não tenho os cabelos lilás, embora a minha alma continue lilás, cada dia mais lilás, cada dia mais colorida, porque uma coisa que a maturidade sempre nos traz são novas cores misturadas as antigas.
"Eu quero é peles, panos.
cores mis
Porque em cima de moi
Só confecções... "(Baby)
É interessante como as lembranças da infância sempre retornam a nossa mente. São relapsos de saudade, ternura, alegrias, sensações vividas... Hoje especialmente lembrei de algo. Como já falei em outro escrito meu, que sempre gostei das cores, do colorido das coisas e por assim ser, meus desenhos de criança eram sempre pintados com diversas cores. Nunca gostei de pintar uma casa, por exemplo, toda de uma só cor, como faziam algumas das minhas amigas. Não sei, achava triste um desenho que tivesse apenas uma cor. E veja que nesse tempo eu nem conhecia o Romero Brito. Acho até que temos uma alma parecida e que se eu tivesse desenvolvido a minha arte em pintura, seguiria a sua linha.
Agora a pouco estava assistindo a Baby Consuelo na Televisão, hoje conhecida como Baby do Brasil, o que creio ser este um nome apropriado para ela que gosta tanto das cores e por ser o Brasil um país multicolorido. Pois bem, o que eu observava na Baby não era o seu talento musical, do qual também aprecio bastante, mas a cor lilás dos seus cabelos. Um lilás vibrante combinando com um tipo de chapéu peludo, também de um forte e alegre lilás, que aliás se confundia com a cor do seu cabelo, por ser ambas as cores igualzinhas. Lembrei que o cabelo dela, quando eu era criança, não era apenas lilás, era tricolor: azul, vermelho e lilás. Até comentei outro dia com minha cabeleireira que sempre admirei o cabelo da Baby e se pudesse teria pintado o meu igual ao dela. Sei no entanto, que a minha mãe nunca permitiria essa loucura, então tudo ficou apenas no campo dos sonhos. Hoje acredito que já seja tarde para realizar esse desejo, que na verdade foi se perdendo ao longo da vida. Sem falar que para a vivência da minha vocação não seria permitido. Mas sei que essa vontade já passou, sinceramente passou...
É engraçado como vamos mudando ao longo das nossas vidas, deixamos de gostar e apreciar certas coisas e atitudes e passamos a gostar de outras. Talvez pela própria maturidade que o tempo nos traz. Por exemplo, quando criança, não gostava de pintar meus desenhos com lilás, apesar de apreciar essa cor no cabelo e nas roupas. Mas o lápis de cor lilás e azul escuro eram sempre deixados de lado. Depois aprendi a usá-los e a gostar dessas cores em meu desenho. Também odiava melancia e abacaxi e hoje é uma das frutas que mais aprecio.
Mudam-se nossas atitudes, mudam-se nosso paladar, mudam-se as cores que vamos dando a vida. Porém a nossa essência é sempre a mesma. Eu por exemplo, não tenho os cabelos lilás, embora a minha alma continue lilás, cada dia mais lilás, cada dia mais colorida, porque uma coisa que a maturidade sempre nos traz são novas cores misturadas as antigas.
"Eu quero é peles, panos.
cores mis
Porque em cima de moi
Só confecções... "(Baby)