A história de Jesus

Belém ou Bethlehém em latim, e na língua árabe e hebraica significa “Casa do Pão”, é uma pequena cidade localizada no alto de uma colina a uma altitude de 765 metros acima do nível do mar, na região central da Cisjordânia, capital da província de Belém, no Estado da Palestina (Oriente Médio), a 10 km ao sul de Jerusalém e 110 km distante de Nazaré onde viveu a família de Jesus Cristo. No Velho Testamento foi identificada como Belém de Efrata e Belém de Judá, possivelmente para distingui-la de Belém de Zebulon; também conhecida como Cidade de Davi. Belém atual é uma cidade turística, tem cerca de 30 mil habitantes, com 70% de origem muçulmana e 30% de cristãos.

Os livros do Novo Testamento de Mateus 2,1-6; Lucas 2,4-15 e João 7,42 citam Belém como o local do nascimento de Jesus. E no Velho Testamento o Livro de Miqueias 5,2 previa o nascimento de Jesus “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

José e Maria futuros país de Jesus viviam em Nazaré, Galileia. José era natural de Belém, Judeia. Conforme o Evangelho de Lucas, o Imperador Augusto baixou um decreto em que súditos deveriam retornar ao local de origem para o registro no primeiro censo. Por isso, José e Maria que estava gestante partiram para Belém, onde em uma gruta nasceu o menino Jesus e tiveram a visita dos três reis magos do oriente. A Bíblia não relata a vida de Jesus, apenas aos 12 anos quando o mesmo pregava em um templo e aos 30 anos quando foi batizado pelo profeta João Batista, escolheu os12 apóstolos e saíram a pregar sua doutrina por 03 anos e meio.

O judaísmo - religião que pertencia Jesus de Nazaré - não considera Jesus o Messias, o Cristo, o Filho unigênito do Criador e Salvador da humanidade até os dias de hoje. O Islamismo religião que se originou do Judaísmo, fundada pelo profeta Maomé, que se pressupõe descendente de Ismael, filho mais velho de Abraão com a sua serva e concubina egípcia Hagar, também não considera Jesus como o Cristo, o Filho unigênito de Deus. O espiritismo religião criada pelo pedagogo francês Allan Kardec no século XIX, e professada por cerca de 3 milhões de brasileiros também não considera Jesus um enviado de Deus, apenas um espírito mais evoluído que serve de guia para toda a humanidade.

Jesus que se auto intitulava o Filho de Deus (Leia Marcos 14: 62) pregava o amor ao próximo através de parábolas, perdoava pecados, curava enfermos, transformava água em vinho, alimentava milhares de pessoas com alguns pães e peixinhos, ressuscitava mortos, andava sobre as águas, acalmava a tempestade e por onde passava atraía multidões, o que incomodavam os líderes do Judaísmo e de outras religiões. “Então os principais sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião no Sinédrio, e disseram: Que faremos? Este homem realiza muitos sinais miraculosos. Se o deixarmos prosseguir assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tomarão o nosso lugar e a própria nação”. João 11: 47-48.

Por ocasião da páscoa e a festa dos pães asmos, os guardas do judaísmo por ordem dos principais sacerdotes e fariseus prenderam a Jesus e o apresentaram ao sumo sacerdote, a Pilatos e a Herodes; os principais sacerdotes, anciãos e escribas acusavam-no de muitas coisas como destruir o templo edificado por mãos humanas, e em três dias edificar outro não feito por mãos humanas, falsos milagres e blasfêmia por se declarar o Messias, o Filho de Deus; e como era o costume libertar um preso na festividade, incitavam a multidão a gritar pela soltura de Barrabás ora preso por vários crimes ao invés de soltar a Jesus. Mas o governador Póncio Pilatos não achou nenhum crime em Jesus, e sim inveja religiosa. Disse Pilatos: “Estou inocente do sangue deste homem. A responsabilidade é vossa” A multidão respondeu: “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Jesus foi crucificado na cruz; mas ressuscitou no terceiro dia, e apareceu aos seus discípulos e subiu ao céu.

Após a crucificação e ressurreição de Jesus, os apóstolos Pedro, Paulo e outros se fortaleceram na propagação das Boas Novas ou Evangelho de Jesus, e assim surgiu o Cristianismo, que se denominou Catolicismo com uma autoridade papal e que com tempo se tornou na maior religião do planeta. O personagem Jesus Cristo dividiu a história da humanidade em antes e depois com as iniciais a.C e d.C. O Protestantismo surgiu do protesto de um grupo de padres liderados por Matinho Lutero em 1517, que romperam com o catolicismo, e daí surgiram muitas igrejas denominadas evangélicas como Batista, Metodista e Adventistas regidas por pastores, bispos e anciãos, que não consideram a autoridade do Papa e nem seguem outras doutrinas além da Bíblia Sagrada.

Ainda hoje muitas pessoas não acreditam que Jesus Cristo seja o Filho unigênito de Deus e tampouco ser Deus. Conforme o Livro Sagrado, Jesus Cristo não afirma ser Deus, mas o Filho unigênito e primogênito. Deus é Espírito. Ser o Cristo é ser o Filho ungido por Deus, ser digno do pensamento Universal, ser o segundo na hierarquia celestial e sentar-se ao lado direito de Deus. Jesus Cristo assim como todo ser humano tem um espírito, uma alma e um corpo. Jesus Cristo por ser o Filho unigênito é superior a toda criatura e tem uma porção maior do Espírito de Deus. Jesus Cristo ressuscitou com um corpo glorificado em carne e osso assim como apareceu aos discípulos. Através de Jesus Cristo todo ser humano pode ser salvo e se tornar filho de Deus.

Na gruta, local onde supostamente nasceu Jesus Cristo, foi erguida a Basílica da Natividade, reconstruída depois de um incêndio pelo imperador romano Justiniano I no séc VI (531), sobre os alicerces da primeira igreja construída pelo também imperador romano Constantino no ano 320 d.C. Atualmente a Basílica é compartilhada pela Igreja Ortodoxa Oriental, Igreja da Armênia e a Ordem dos Franciscanos. É uma das igrejas mais antigas do mundo em atividade e foi tombada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação) como patrimônio histórico da humanidade.

A data de nascimento de Jesus não consta na Bíblia. Segundo estudos do monge Dionísio, o pequeno, da Igreja Católica, Jesus nasceu provavelmente entre os anos 4 e 6 antes de Cristo. E com o objetivo de substituir a celebração pagã dos povos antigos do hemisfério norte como babilônios, persas, egípcios, gregos e romanos, onde havia muita comilança e adoravam os deuses da fertilidade como Sol, Mithra, Osíris, Dionísio e Saturno, e que ocorria no solstício de inverno (dia mais curto e noite mais longa do ano) por volta do dia 22 de dezembro, a Igreja Católica no ano de 335 oficializou 25 de dezembro como dia de celebração do natal, do nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, que antes era comemorado no dia 06 de janeiro. Para o mundo o Natal se tornou na maior festa de confraternização, troca de presentes e de papais noeis. Para os cristãos Natal é tempo de reflexão, de voltarmos para Deus e de amarmos o próximo com mais intensidade.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 11/12/2016
Reeditado em 25/12/2016
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