Da primeira à penúltima sessão de cinema
Em tempos de cinema mudo, a primeira sessão de cinema, como marco histórico da criação dessa arte, ocorreu em 1895, quando os irmãos Auguste e Louis Lumière apresentaram ao mundo o cinematógrafo. Um trem em viagem apareceu na tela e a plateia debandou com medo de ser atropelada. Vejam bem: cinema mudo! Linguágem imagética que o ser humano só conhecia antes do cinema no sonho. Tanto é assim, que Andre Bazin, crítico de cinema, escreveu que o cinema é a arte da mente, que, permite, como o sonho ou a apreensão e registro de imagens mesmo antes da fala ( humana do bebê e pós-cinema mudo) a apreensão do mundo. Função que até hoje essa sétima arte tenta ainda exercer, apesar da péssima da péssima programação das salas comerciais.

Quem gosta e tem experiência como espectador de cinema, em geral assiste o cinema chamado cult, mais do que o comercial. O primeiro critério para dizer se um filme é bom é saber se ele usa a linguagem da mente, isto é, se as imagens dizem algo, mais além do que a eventual beleza e qualidade da fita. Charles Chaplin fez isso com maestria, em seu filme Luzes da Cidade, ajuda a uma cega a conseguir a operação necessária. Volta a enxergar, descobre ser herdeira de boa fortuna, mas não sabe mais onde estaria o vagabundo Carlitos, que, ao encontrar, só reconhece ao segurar-lhe a mão, porque tinha tato aprimorado.

O cinema em grande medida depende da literatura, exceto Chaplin, porque é necessária uma boa história, um bom roteiro. Segundo critério para avaliar um filme, talvez, aqui apenas registramos ideias esparsas sobre o cinema. O fato é que em fins de semana, ou sessões noturnas esta noite muita gente estará indo à penúltima sessão de cinema.

 
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 08/12/2016
Reeditado em 08/12/2016
Código do texto: T5847038
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.