Em filmes de brutamontes americanos defensores incorruptíveis do bem, sempre há uma garota ( filha ou protegida do herói) que se vê em apuros, gangsters, psicopatas, andróides, todo tipo de personagem com efeitos especiais de heroísmo já foram protetores, no lance sempre aparece uma mulher coadjuvante, mãe da garota, policial, moradora de rua e quejandas. O objetivo é promover a ideia do homem perfeito, como Hitler tentou ao acreditar que os alemães seriam atletas olímpicos invencíveis ou que uma derrota na guerra seria impensável. Na vida real isso vem se provando pouco factível em muitas áreas do esporte e das lutas. Anderson Silva, por exemplo, nocauteou ou venceu muitos americanos, japoneses e outros lutadores de diversas nacionalidades no MMA; no futebol masculino a seleção americana tem como melhor colocação o vice-campeonato de futebol, quando perdeu de 3x2 de virada para o Brasil.
Hoje vi um filme com Tom Cruise no papel de um desses homens invencíveis onde protegeu uma garota que podia ser sua filha biológica, mas não era. Cruise foi ator em apenas dois filmes: De olhos bem fechados, de Stansley Kubrick e Nascido em 04 de julho, de Oliver Stone. Não me lembro de ter apreciado outras atuações. Não é nenhum Bruce Willys, que algumas vezes conseguiu ser ator também, sua pouca expressividade facial lembra às vezes Silverster Stallone, invenção americana e racista de um campeão branco, em terra que os negros quase sempre foram os campeões do esporte. O mais desses filmes de enredo repetido é um audivisual sobre maldades e pedagogia da violência, quando há sempre coisa melhor para aprender ou apreciar, mesmo no cinema, infelizmente com filmes de qualidade passando cada vez mais longe das salas comerciais. Heróis da violência urbana podem existir de montão, mas, sem dúvida, o seu culto só arruína corações e mentes.