Insegurança, medo e desamparo

Uma ação tranquilizadora nem sempre ou quase nunca ocorre quando um adulto sente insegurança, medo ou desamparo, mesmo face ao desconchavo pessoal explícito de alguém há quem seja impiedoso e incapaz de qualquer compaixão; familiares, quando há familiares dentro da família, nem sempre sabem o que é preciso ou necessário fazer; hoje chamam de síndrome do pânico o que ontem se chamava histeria, de hysterus - útero - porque o sentimento cabal de impotência com suas manifestações psicossomáticas ocorre tanto no homem quanto na mulher.

É com o quadro acima que, geralmente, lida um adulto que sente insegurança, medo e desamparo. É na situação acima que lida quem busca aproximação com uma pessoa muito fragilizada que sinta insegurança, medo e desamparo. Quando não são ambas a sentirm em graus de intensidade variável a mesma coisa. Incidência onde há graves dificuldades relacionais quando a insegurança, o medo e o desamparo são atribuídos como se causados pelo outro.

Tanto do ponto de vista amoroso como do social, o sujeito desamparado e inseguro, que não consegue amparar-se minimamente e sentir-se seguro na adversidade, sente medo, às vezes extremado, isto é, pânico. Acuada, a pessoa em tais condições torna-se, eventualmente, catártica, inconveniente ou agressiva, sem conseguir transcendência em relação ao medo, causa da insegurança e do desamparo. Antes de precisar de intervenção médica, o que socialmente cobram do indivíduo inseguro é que tenha resiliência. Estamos em um mundo desumanizado que é assim que este mundo se nos diz: tenha força para trabalhar em condições pessoais, sociais e laboracionais, claro, não é regra geral, mas importaria pensar nisso agora? Ou sim?
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 02/12/2016
Reeditado em 02/12/2016
Código do texto: T5841157
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