Os dias de uma equipe que sonhou
Os dias de uma equipe que sonhou
Por Joacir Dal Sotto *
Tudo estava tão bem, uma equipe de futebol aparentemente pequena chegou à final de uma competição muito difícil e com honra seguiu em frente no campeonato brasileiro. Diariamente sonhava com o título e muito estavam fazendo para que esse sonho fosse realizado. A emoção ultrapassava os limites territoriais e o Brasil inteiro torcia pela grandiosa Chapecoense.
Na noite passada o sono não foi tão interessante e gostoso, as energias ruins bailavam no coração dos mais sensíveis, para alguns parecia que uma forte tempestade anunciava uma dor terrível no campo espiritual. Logo pela manhã corria a notícia da triste tragédia. Pessoas que sonhavam e compartilhavam do lado belo do esporte perderam suas vidas, estas que poderiam percorrer décadas carnalmente. Realmente é difícil aceitar tanta dor e aparente injustiça.
A mensagem de cada um que perdeu sua vida nessa tragédia foi deixada, o que carregamos é apenas lembranças dos bons momentos que acontecerem para esses jovens sonhadores. O conforto aos familiares é quase que impossível nesses meses de luto que virão pela frente. Os anjos que fazem seguirmos em frente estão jogando todas as energias para que aqueles que ficaram possam suportar tanta maldade trágica.
O sonho realmente acabou para cada um que partiu para outro mundo, a dor faz chorar quem amava ou respeitava o talento desses meninos e meninas no campo da vida. Certamente estamos carregando flores e velas para o funeral, certamente estamos orando ou agindo de acordo com a despedida que cada um é capaz de exalar. Os meus sentimentos par cada familiar, para cada atleta da Chapecoense. Palavras não explicam, gestos fazem chorar nessa despedida.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade".