CAMINHADA SOLITÁRIA
Cheguei a conclusão que a literatura é uma caminhada solitária. Pelo menos, no que diz respeito aos autores iniciantes. Estes, ao se lançarem no entusiasmo, na empolgação de mostrar os seus trabalhos, criados, em surdina, inúmeras vezes, sentem-se impotentes ante a indiferença dos(as) que acreditam que os(as) artistas das palavras, ou de outras modalidades, já nascem feitos, olvidando que eles, ou elas, precisam persistir no que se acreditam e se gosta, no que sonham trabalhar. Pois, mesmo não conseguindo o que se quer, todo mundo tem direito de sonhar, ou não? E esse direito, esse direito é nato, nasce com cada ser humano. E ninguém tem o direito de querer minar o sonho do(a) outro(a).
Sou da opinião que, se alguém não pode ajudar, também não pode se sentir no direito de querer jogar a pessoa pra baixo, mesmo que a pessoa esteja caminhando lentamente. E, até pareça, às vezes, que a pessoa não vai chegar. Isto é, realizar o seu sonho de ser "isso ou aquilo".
Existiram e ainda existem, muitos casos, em que pessoas desacreditadas, pessoas, aparentemente, sem nenhuma condição, de todo natureza, era vista até como uma dor de cabeça, terem surpreendidos, os que não acreditavam nelas.
Certamente, os(as) leitores desta crônica conhecem algum caso. Por isso, que não devemos subestimar a capacidade, seja de quem for nesse mundo.
A vida pode ser comparada a uma corrida de fórmula 1: nem sempre quem sai na frente ganha a corrida.
Se tu, sejas quem fores, se sente rejeitado(a), ergue a tua fronte! Caminha...Mesmo solitário. Trabalha no silêncio, pois, ás vezes, quem faz muito barulho, sabe fazer só barulho. Outra coisa: ao invés de se preocupar em ficar provando a tua capacidade para os(as) outros(as), mostra pra ti mesmo! Pois, mesmo mostrando pra ti mesmo, muitos(as) que estão tentando te minar, hão de ver o teu triunfo, hão de reconhecer que eles(as) estavam, o tempo todo, errados(as).
Laudate dominum!
Autor: A. Lima.
Mariana, MG, 26.10.2016