O Haiti precisa de ajuda
A ilha de São Domingos, de Haiti, Hispaniola ou Espanhola está situada no arquipélago Grandes Antilhas, é a segunda maior ilha da América Central Insular ou Antilhas, ficando atrás de Cuba. Tem uma área estimada em 76 quilômetros quadrados, com 650 km de comprimento e 241 km de largura. A República Dominicana ocupa a parte leste. O Haiti ocupa o lado ocidental, com uma área de 27.750 quilômetros quadrados e com cerca de 10 milhões de habitantes.
Conforme a história, no dia 05 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo desembarcou na ilha, que deu o nome de hispaniola. Com a chegada dos espanhóis, a população nativa que somava cerca de 250 mil indivíduos se reduziu a 14 mil em 25 anos, devido a doenças adquiridas dos brancos e a maus tratos. Ayiti era o nome indígena dos taínos para a ilha, que significa “terras de altas montanhas”. Em 1697 o Haiti foi cedido à França, quando se alavancou na exportação de café, cacau e açúcar.
Em 1804 uma revolução de escravos libertou o país da França. Foi a primeira nação a conquistar sua independência na América Latina e Caribe. A raça predominante é a negra, e as línguas oficiais são o francês e o crioulo haitiano. Pelo menos hum milhão de pessoas vivem na capital Porto Príncipe. É o terceiro maior país do Caribe, depois de Cuba e República Dominicana. É ainda o terceiro em população, perdendo para Guatemala e Cuba.
Passada o boom da exportação do café, cacau e açúcar, e problemas políticos, o país entrou em crise econômica e social. Segundo o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – das Nações Unidas, é o país mais pobre do continente americano, e o 145º dentre as 182 nações. A violência política predomina desde a sua independência. Em 2004 um golpe de Estado forçou a renúncia e exílio do presidente Jean-Bertrand Aristide. Em 2010 Michel Martelly foi eleito pela população presidente até 07 de fevereiro de 2016, e saiu sem ter um sucessor eleito. Em 14 de fevereiro de 2016 Jocelerme Privert presidente do Senado foi eleito pela Assembleia Nacional presidente interino por um prazo de 120 dias, até a realização de novas eleições.
Em 30 de abril de 2004, o Conselho de Segurança das Nações criou uma Missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti (MINUSTAH), com objetivo de impor a paz internacional e segurança na região. 16 países contribuem com efetivos militares, com a liderança do Exército Brasileiro, que mantem 19 militares no confronto. A permanência de Forças Militares Internacionais no país foi estendida até abril de 2017, com o objetivo de garantir as eleições presidenciais ainda pendentes no país caribenho. A ONU ainda promove a permanência no país de efetivos civis de diversos países, com o objetivo de apoiar a população carente.
Em 12 de janeiro de 2010 um grande terremoto com magnitude sísmica 7.0 na escala Richter, com epicentro distante 22 quilômetros atingiu a capital Porto Príncipe, sendo que 9,5 graus é o recorde mundial, que ocorreu em 1960 na cidade de Valdívia, sul do Chile. O terremoto inesperado atingiu 80% das edificações da capital e causou 200 mil mortos e milhares de feridos, e gerou três milhões de desabrigados. Muitos países apresentaram recursos financeiros para a reconstrução do país.
Passados 06 anos, mais precisamente no dia 04 de outubro de 2016, o país voltou a ser vítima de mais uma catástrofe natural. Desta vez pela passagem do furacão Matthew, categoria 4, que destruiu muitas edificações e causou a morte de cerca de mil pessoas, deixou 175 mil desabrigados e 1,4 precisando de alimentos e remédios. A terrível tempestade ainda afetou os serviços de energia, comunicações e transportes. Mais do que nunca o país precisa de ajuda humanitária. Diversos países se prontificaram em ajudar o povo haitiano, assim como muitas pessoas famosas, como o desportista jamaicano Usain Bolt e a cantora colombiana Shakira, com doações e serviços humanitários. A solidariedade em ajudar o próximo é o que nos mantém vivos e mais próximos de Deus, com certeza.