Intolerância...
Intolerância...
[ Não é a 'capa' que tem valor ]
Celso Gabriel de Toledo e Silva - CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 24/setembro/2016 - 13h: 21min
Lembrando d'um encontro n'uma mesa de bar, com amigos de tempo, outros recentes, saboreávamos petiscos, cerveja bem gelada e conversas de todo tipo. Tudo num ambiente alegre, boa música, pessoas simpáticas a esbanjar felicidade. Num intenso movimento de entrada e saída de pessoas não é que reparo a chegada de alguém em especial, cumprimenta-me ao longe e se acomoda sozinho n'uma cadeira. Pedi licença ao pessoal da mesa e fui me sentar com esta pessoa, ofertar o mínimo que cabe da boa educação.
Não fiquei muito, o tempo para que 'este' se sentisse bem no local, pois seus amigos pouco a pouco iam chegando, cumprimentei alguns e pedi licença para voltar onde estava, vi que já se sentia entrosado.
Levantamo-nos e nos despedimos com um abraço e recebi um delicado beijo em sinal de amizade em minha face e voltei onde estava antes. Ao chegar todos se calaram e olharam em minha direção como se fossem inquisidores, de instante pensei que era uma brincadeira, mas depois percebi a maldade do ato.
Perguntei admirado o que estava acontecendo e me disseram:
_ Como você pôde ir sentar com aquele sujeito e nos deixar aqui.
Respondi de imediato: avisei a todos vocês o que iria fazer.
_ Isto nós sabíamos, só não esperávamos que você fosse ter uma amizade com um tipo daqueles.
Fiquei indignado, tipo daqueles, que tipo perguntei e veio a resposta, você bem sabe, ele é homossexual, é um gay, veja as suas companhias.
Entendi então porque do total silêncio ao retornar, vocês estavam a me julgar e ao meu amigo e ainda tem a coragem de se dizer humanos, pessoas justas e sensatas, me perdoem a minha presença e a minha fala, mas acredito que vocês tenham razão mesmo, eu não mereço a amizade de nenhum de vocês, sou um tolo ser que acredita na bondade das pessoas e não as julgo, pois a quem cabe isto é ao Criador na sua hora do acerto final, mas vi que estou rodeado de falsos semi-deuses e sou impuro demais para estar presente diante de tanta ignorância.
Agradeço a todos por se mostrarem tão transparentes a ponto de expor a sua podre falsidade, apesar de tudo deixo ainda um abraço e que haja benevolência sobre o peso da intolerância de cada um.