PARABÉNS, PRESIDENTE DAMIÃO RAMOS CAVALCANTI!

Ontem, sábado, 17 de setembro, o ator Bento Júnior, um dos entrevistados do Programa Alô Comunidade, da Rádio Tabajara AM, nos dizia que “Itabaiana é um celeiro de artistas!” E que muito “bebera nas inspirações do Rio e dos poetas itabaianenses”. E declamou, no ar, o poema “A Cacimba”, do maior vate matuto do Brasil, Zé da Luz.

Quem também gostava de enaltecer a Itabaiana artística era Sabiniano Maia. Em suas memórias aponta os filhos de Itabaiana, natos ou afetivos, como revolucionários culturais. Zé Lins, Francisco Sotter, Pingolença, Zé da Luz, Zuza Ferreira, Daciano Alves de Lima... O poeta Fabio Mozartt elenca um número tão grande em seu livro “Artistas de Itabaiana” que a gente tem a impressão de que não acaba mais.

Já o romancista Moacir Japiassu brinca com Itabaiana, no livro “Concerto para paixão e desatino”, numa recuperação do tempo áureo da sua imprensa, em que veio a ter jornal diário e revista semanal, estabelecendo o jornalista ‘sabichão’ Sinvaldeão naquelas paragens.

E Itabaiana parece continuar provando que é tampa de azeite de dendê! Os seus filhos continuam dando nó em pingo d’água! Jessier Quirino afina, refina e sofistica a matutagem, os poetas da Academia de Cordel do Vale do Paraíba perenizam a Escola de Leandro Gomes de Barros, juntam-se ao IPHAN, para a construção do Cordel como patrimônio imaterial brasileiro e Damião Ramos Cavalcanti foi reconduzido, agora em setembro, à presidência da Academia Paraibana de Letras.

Os intelectuais do Vale do Paraíba vivem a ‘trocar tapas’ pela cidadania de Damião Ramos. Na verdade ele é pilarense, conterrâneo de Zé Lins, mas é também cidadão itabaianense.

Pois bem, o homem “Em 1966, viajou à Itália, onde, em Roma, realizou seus estudos de graduação e pós-graduação em Filosofia; em Paris, pós-graduou-se em Sociologia da Educação pela Sorbonne, de 1978 a 1983. Professor da Universidade Federal da Paraíba, desde 1973, onde prestou uma larga folha de serviço como docente e dirigente. Participou da criação da UEPB em Guarabira, da UNIPÊ e da FESP em João Pessoa. Hoje, dedica-se a escrever seus livros, como membro da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB; da Academia Paraibana de Cinema - APC; da Associação Paraibana de Imprensa - API e da Academia Paraibana de Filosofia - APF. É advogado, escritor, poeta, cronista e Presidente da Academia Paraibana de Letras - APL e da Fundação Casa de José Américo – FCJA”

Precisa dizer mais alguma coisa? Não, mas diremos: o poeta é um agitador cultural, um cuidador da clássica literatura de cordel, um fomentador de bibliotecas, por isso tanto a Academia de Cordel do Vale do Paraíba – ACVPB, quanto a Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba – APBPB, sentem-se felizes com a vitória desse homem das letras.

Recentemente estivemos com o embaixador do Brasil, Paulo Miranda, poeta do Recanto das Letras, que nos disse: "Poeta Sander Lee, eu sou fã das crônicas de Damião Ramos Cavalcanti!"

E para encerrar, senão fica parecendo 'babação', quando o escritor José Mario da Silva Branco fez a apresentação do livro "Ausência do tempo", de Damião Ramos, no sarau Pôr do Sol Literário, e a atriz Suzy Lopes fez uma performance sobre a obra do mesmo, dissemos ao poeta Valdemir Almeida: este caboclo é mesmo filho das águas salobras do Rio Paraíba!

Sander Lee

Presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba - ACVPB

Presidente da Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba - APBPB