O Pão nosso de cada dia
Esses dias tenho trabalhado aqui em casa na serventia de pedreiro, uma forma que encontrei de adequar os gastos, é um trabalho pesado, sacrificante, que exige muito esforço braçal, mas apesar de tudo isso é gratificante chegar ao fim do dia e ver o fruto do seu trabalho.
O pedreiro chega às 7 horas, mas para agilizá-lo acordo às 5 e 30 horas para preparar massa, de forma que quando ele chega já tem a massa pronta e ele não precisa ficar esperando.
Como vocês podem ver a serventia exige esforço e agilidade, estou com minhas mãos toda calejada, o corpo dolorido pelo esforço físico, mas como tem sido salutar. Enquanto vou trabalhando, vou observando ao meu redor, vejo que todo meu esforço tem sido compensado pelo Criador através dos cantos dos canários, sabiás e pela presença sempre constante de um João de Barro, que sempre fica rodeando a massa de concreto, até fico imaginando como se Deus estivesse ali na forma daquele pássaro e tivesse me consolando dizendo “Não te desanimes, estou aqui contigo”, e diante de tudo isso começo a pensar nas inúmeras formas de trabalho, forma pela qual Deus vai garantindo o Pão nosso de cada dia aos seus filhos.
Contudo isso, quero dizer-vos que todo o trabalho é nobre, digno, desde que seja realizado com honestidade e justiça. Seja o médico, o pedreiro, o gari, independente da função, o trabalho sempre será terapêutico, agradável e prazeroso. Se você trabalha de forma respeitosa, nunca se envergonhe do seu trabalho, independendo qual seja. Poder chegar no fim do dia e ver o fruto realizado pelo seu trabalho, é uma sensação tão encantadora que não tem dinheiro que pague isso.
Por isso quero dizer a ti caro trabalhador, se tens o seu trabalho, não reclame, não se indignes pelo seu esforço, mas ao contrário, agradeça ao Criador pela forma que ele te concedeu de garantir o Pão nosso de cada dia.