JARDIM
Geralmente é num belo jardim onde se colhem as mais belas flores. A manutenção de um jardim não é uma tarefa muito fácil. A começar pelo solo deve ser arado, irrigado, adubado, deve-se observar a quantidade de luz, o local deve ser arejado facilitando a circulação do vento e de ar. Tudo isso que foi citado são condições básicas e essenciais para a construção do mesmo. A segunda etapa é tão importante como a primeira, que é o momento em que as plantas devem ser plantadas. Sabemos que num jardim podem ser plantadas uma infinidade de plantas, mas para a compreensão dos leitores iremos nos ater a plantação de rosas, devido a popularidade, beleza e a admiração que elas nos causam. Quando nos deparamos como uma rosa cultivada tamanho é o prazer e o esplendor que ela nos proporcionam. Mas até chegar esse ponto dela ser apreciada por nós uma série de atividades devem ser cumpridas. Uma vez atento as condições básicas essa rosa será plantada, sendo que a partir desse momento estará sempre sendo observada até a época da colheita. É muito comum ervas daninhas nascerem no solo, essas ervas devem sempre ser retiradas, caso contrário enfraquecerá a rosa. O terreno deve manter-se continuamente adubado, todos os dias o solo deve receber água, à medida que a rosa vai crescendo a poda deve ser realizada. Podemos dessa forma observar como é difícil a manutenção do jardim e só com esses cuidados poderemos contemplar a beleza de uma rosa.
Da mesma forma que acontece com o jardim, na minha humilde concepção deveria haver nos matrimônios, mas infelizmente a erros crassos que vão acontecendo no cotidiano, esses cuidados deixam de ser observados e são responsáveis pelo insucesso da metade dos casamentos que são realizados atualmente no Brasil.
O amor deveria ser como um jardim, deveria ter todos os cuidados para que o mesmo não viesse a extinguir. Algo que observo que hoje em dia tanto o homem como a mulher erram por que estão preocupados apenas com a conquista momentânea é que depois que as pessoas assinam aquele papel relaxam e passam a olhar o cônjuge como sua posse, como sua propriedade, e se acomodam no dia a dia. Esse é o grande erro que a maioria dos casais cometem, até mesmo por que penso que ninguém é dono de ninguém.
Olhando para o velho testamento, vejo uma passagem que poderia ser aplicada no amor. O fogo do altar jamais poderia apagar e era a principal preocupação dos sacerdotes a manutenção do fogo no altar. Se por acaso esse fogo apagasse eles eram punidos.
Assim vejo no amor, a maior forma de possuir alguém, de ser dono de alguém, seria através da manutenção do fogo do ardor, da paixão, do tesão, da cumplicidade, do respeito, da amizade, da confiança, se conseguirmos manter esse fogo acesso com certeza teremos cativos a pessoa amada.
Dessa forma eles nos serão cativos não por imposição, não devido a um papel assinado, não por divisão de bens, mas pelo fato que o amor é tão grande entre eles que não conseguem viver longe da pessoa amada. A pessoa amada torna-se tão importante pra nós como o oxigênio que respiramos.
Com certeza se olhássemos para um jardim e aplicássemos nos matrimônios tudo isso que foi comentado, certamente as relações seriam mais saudáveis.