O São Paulo cai na Libertadores
Aqui em Goiás, terra do pequi, da pamonha e da música sertaneja, sou torcedor do Vila Nova desde 1972, década em que o tigrão foi tetracampeão. Em São Paulo, outrora terra da garoa, sou torcedor do São Paulo desde 1977, quando o mesmo venceu o Atlético mineiro nos pênaltis, e se sagrou campeão brasileiro pela primeira vez.
Desde então o São Paulo cresceu no cenário nacional e internacional. Conquistou o Mundial de Clubes da Fifa 2005, a Copa Intercontinental 1992 e 1993, a Taça Libertadores da América 1992, 1993 e 2005, a Supercopa da Libertadores 1993, a Recopa Sulamericana 1992 e 1993, a Copa Sulamericana 2012 (Invicto) e a Copa Conmebol 1994. Mas desde 2005 não conquista a Libertadores.
Este ano estava cheio de esperança, pois chegara a semifinal contra o Atlético Nacional de Medelim, Colômbia. No primeiro confronto em casa, o São Paulo tropeçou, perdeu de 2 a 0. A expulsão do zagueiro Maicom não é desculpa para a derrota. O São Paulo perdeu por não repor a defesa e deixar a porteira aberta para o adversário.
Quarta-feira passada, o São Paulo tinha uma missão quase impossível, ou seja, vencer fora de casa por uma diferença de três gols ou mais, ou então vencer por 2 a 0 e levar a decisão para os pênaltis. Logo no início o São Paulo fez 1 a 0 e parecia que ia se vingar; mas cedeu o empate e a virada por 2 a 1. Os jogadores são paulinos reclamaram de um pênalti não marcado, o que não é desculpa para o fraco desempenho.
Vale lembrar que desde 2010 os times brasileiros não conquistam a Libertadores. A decadência do futebol brasileiro não é pela falta de bons jogadores e nem de bons técnicos. O São Paulo mesmo com um técnico bicampeão da Libertadores não se encontrou em campo. O jogador brasileiro precisa ser mais tático em campo, marcar mais e ser mais objetivo no ataque. Outro problema é o psicológico, jogar sem medo de perder, ser mais confiante, principalmente nas cobranças de pênaltis.
Vale ressaltar que no futebol moderno se exige muita marcação, efetividade no meio de campo e um ataque veloz. Muitos times sul americanos estão investindo em jogadores fortes e rápidos e estão obtendo sucesso na Libertadores. O Boca Juniors outrora bicho papão perdeu em plena Bombonera para o Independente del Valle por 3 a 2 e deu adeus à Libertadores. O independiente del Valle nunca ganhou um título na principal divisão equatoriana e pela primeira vez chega à final do principal torneio da América do Sul, e é um exemplo da modernização do futebol.