Vou ser sincera com você, eu li o título e iniciei o primeiro parágrafo já pensando em desistir
Não me diga que tu já vai desistir de mim? Mal acabaste de me abrir poxa vida – tudo bem que talvez só por ter sido instigado, fisgado pelo meu título – e já pretende me fechar sem ao menos me dar a oportunidade de me esclarecer um pouco melhor. Me dê mais tempo, me leia um pouco mais, quem sabe acabe simpatizando comigo. Eu sei que não pensamos igual, nem tão pouco temos os mesmos gostos e interesses, mas quem sabe eu consiga acrescentar alguma coisa a sua vida. Sim, eu também estou de saco cheio de ter que colocar a senha na escrivaninha toda santa vez que quero entrar. Mas fazer o que. É a vida. Eu também fico triste quando sou postado e ninguém me lê. É por isso que estou fazendo esse apelo a ti. Eu realmente não aguento mais a porra da senha da escrivaninha! Mas talvez, se mais pessoas me dessem a chance de ser lido, de me enredar – essa obrigação não me seria tão desagradável!
Viu só como não está sendo tão ruim assim. Tu já deve ter pego meu ritmo. Sacado a minha intenção. Eu sei que tu é esperto. Não me condene antes mesmos de fazer um julgamento mais aprofundado. Eu não estou aqui simplesmente por estar. Eu faço parte de um contexto. Não basta tu me ler hoje, e ter ignorado o que fui anteriormente e certamente o que serei em futuras linhas. Eu sou uma continuidade. Um processo, mesmo que complexo (ou seria confuso?). Eu faço parte de um todo. Não que necessariamente tu tenha que gostar de mim somente por esse motivo. Mas procure conhecer-me um pouco melhor, antes de me julgar e condenar por algumas mal traçadas linhas ocasionais. Não é possível que nunca terei valor pra ti nalgum texto que eu estiver!
Pronto. Passamos do meio. Não, imagina, não precisa deixar comentário não. Só de tu ter me lido até aqui, pra mim já valeu. Principalmente porque eu esperava tua desistência de mim, assim que me lesse a primeira frase. Tu me surpreendeu. Logo tu que comenta e lê somente o que lhe interessa. O que conflui com suas ideais e ideais. Logo tu que escolhe um, escolhe outro e mais outro e mais outro... E nunca eu! Obrigado por ter me escolhido dessa vez. Mas relembrando: eu não sou só esse aqui. Se quiseres realmente me conhecer terá de me ler em outros textos. Se caso o fizer, lhe adianto desde já um pedido de desculpas pela minha falta de habilidade. Eu ainda estou aprendendo a me mostrar com mais clareza.