Pro diabo toda caretice, chatice e mediocridade!
Sabe aquela agonia que dá quando você passa de ônibus e vê alguma coisa de relance sem poder voltar pra bisbilhotar melhor (A palavra é bisbilhotar mesmo). Tipo aquela gostosa que você adoraria ter comido um pouco mais com os olhos, ou uma frase que viu e não deu tempo de terminar de ler, ou xeretar uma briga, ou uma troca de olhares com alguma gatinha, ou satisfazer sua curiosidade mórbida num acidente de carro... sabe? Então, era só isso mesmo. Eu só queria saber se você sabia.
... daí ele tem uma gueixa e uma carpa tatuada na perna e diz que desde sempre sonhou em tatuar um dragão nas costas.
“Poxa vida, não diga, que da hora cara. Tão original”
Daí ele quer conseguir logo uma “nave” pra catar as minas, pra elas “quicar” no seu pau que nem fala a letra do funk que ele ouve no celular.
“Nossa, é mesmo, belo plano meu”
Meia hora empunhando a caneta como quem desembainhou uma faca pra briga, e nada. Tantas coisas a dizer encarceradas dentro dos pensamentos, e necas. Como fugir de dar as mesmas explicações a si mesmo e aos outros, sobre os mesmas coisas que giram sem parar, infinitas dentro do círculo vicioso?
O meu melhor estado de espirito é também quando fico mais vulnerável!
Foda-se. Eu estou cagando e andando para o que os outros estão pensando, vão pensar e toda essa merda. Pro diabo toda caretice, chatice e mediocridade! ... só que não. Mesmo não me importando eu me importo. Maldito paradoxo! Maldita contradição! Maldita necessidade de convívio social! Maldito desejo de ser aceito, considerado, respeitado, amado! (Ou pelo menos comer alguém de vez em quando haha)
Se eu não respeito as regras do jogo, logo estou condenado a perder a partida?
Seria o caso deu me comportar um pouco melhor? Só que não! Eu sou a porra de um romântico frustrado que não consegue se concentrar alegre no que tem. Um idiota que criar muitas expectativas, que faz questão de se iludir vez atrás da outra, mesmo sabendo por antecipação que não vai rolar, “podia ser só que não”
Meia hora empunhando a caneta em riste para o papel em branco, pensando em como escapar de dar as mesmas explicações que ninguém quer saber, nem eu mesmo, e por fim acabo mais uma vez... puta que pariu! ... poderia ser diferente? Só que não!