O ciclo de novos países

O CICLO DE NOVOS PAÍSES (Por Joacir Dal Sotto *)

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Para que um novo país seja constituído é preciso um intenso processo de luta. Alguns dizem que a modernidade proporcionou uma lógica ruptura administrativa e política. É evidente que quanto menor a estrutura geográfica, melhores são as formas de estimular uma livre competição no mercado mundial. O movimento democrático situado na região sul do até hoje Brasil, leva um nome com mais de duas décadas de fundação, “O sul é o meu país”. Lutamos para que sejamos o mais novo modelo de desenvolvimento.

Para quem carrega dúvidas sobre separatismo, podemos citar sete regiões que recentemente conquistaram uma sonhada independência. Todas tiveram conflitos, sendo que os desnecessários confrontos foram parte do processo. Eritrea, Palau, Timor Leste, Sérvia, Montenegro, Kosovo e Sudão do Sul, eis novas nações, eis uma prova de que a liberdade é possível. O homem livre é persistente, é democrático, é pacífico. Mesmo que possamos respeitar as diferenças, sejam elas econômicas ou culturais, chegaremos perto da possibilidade clara de desenvolvimento, quando estimularmos uma relação de negócios internacionais. Para que cada região seja independente, uma luta contra o estado esmagador em suas tributações, é plenamente aplicada.

Quando faltava uma ligação total ao redor do mundo, tudo estava concentrado em poucos impérios. Hoje é difícil compactuarmos de projetos criados para abranger um país de extensões continentais como o Brasil, aqui, fazem algo para o nordeste e muitas vezes deixam de lado o frio do sul. O poder central de Brasília toma decisões quando realmente a representatividade política é desigual. Não temos democracia, somos oprimidos e nossos filhos já percebem que terão que dar o último passo para a independência, que é marchar pelas ruas para que a autodeterminação do povo sulista seja concretizada.

Nesse mesmo planeta terra, que há cem anos vem multiplicando o número de povos com a própria bandeira legalmente desenhada, colhemos os frutos de uma semente que foi plantada quando os portugueses chegaram para transportarem mais de um quinto do que era retirado de nosso território. Hoje, levam a metade do que produzimos e mais do que nunca queremos e podemos realizar um plebiscito oficial, para fazermos parte do novo ciclo de nações livres e que cultivam um estado mínimo. Defendemos a paz acima de tudo, queremos que um mercado forte seja a base de nossa economia, uma economia que a longo prazo estará entre a dos melhores países para construção da verdadeira educação que transforma cada cidadão. A escola básica e o modelo austríaco será uma regra, a propriedade privada será o direito e os modelos de sucesso individual serão a motivação para que cada indivíduo tenha acesso ao que existe de mais moderno nas universidades.

Para os utópicos seremos a oportunidade de mudança, para os realistas seremos o sonho para que algo melhor seja construído. O regime municipalista que iremos implantar não terá espaço para lamentações, o parlamentarismo será uma forma do povo decidir pela manutenção ou exclusão de seus simples representantes. Não iremos venerar um estado momentâneo, iremos sim é venenar o trabalho que vai ao encontro das necessidades de nossa sociedade. Diante das dezenas de países espalhados pelo mundo teremos uma troca de mercadorias, os negócios serão firmados pelos empregadores e empregados, jamais por um estado mesquinho que declara guerra sem o apoio de seus cidadãos. Do passado que não nos satisfaz é o ressentimento que não nos acompanha, do presente que nos faz lutar é por um futuro melhor que já estamos construindo. O Sul é o meu país, é o mais novo país que já está instalado ao sul do até hoje Brasil.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento "O sul é o meu país".

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 14/05/2016
Código do texto: T5635286
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