Me desculpem, para essa crônica eu não consegui pensar em nenhum titulo apelativo
Outro dia eu estava no supermercado comprando algumas coisinhas praqui pra casa e me dei conta que muitas das vezes acabo pagando mais caro em virtude das embalagens do que pelo conteúdo dentro delas em si. E o que me interessa a estética, o visual, a sofisticação do recipiente, se no fim das contas eu irei descarta-lo?
Isso não está certo. Se já não bastassem os impostos...
Na próxima vez que eu for no mercado, faço questão de levar meus próprios recipientes de casa.
“Vou querer o café, mas com a embalagem vocês podem ficar. De quanto será o meu desconto mesmo?”
“Porque não posso trazer meu próprio recipiente de casa? Eu não sou obrigado a comprar o que não quero, sou? Pois então, a embalagem eu não quero.”
“Quer comprar produto solto meu senhor, vá comprar direto na roça ou plante-os em seu quintal!”
Aqueles desenhos ali, naquelas caixas de leite por exemplo, não me servem pra nada. Eu não vou bebe-los também! E também não adianta eles tentarem me cativar com publicidade, o que me interessa é a qualidade, a quantidade e o preço razoável do produto. Me informe apenas o que está à venda e ao prova-lo, eu decidirei se agrada ou não. Não me venham com essas suas influências externas. Essas falsas propagandas. Vocês não me enganam. Eu não sou trouxa. Já disse, eu não como embalagem! Eu não como imagens!
“Meu senhor a embalagem faz parte da mercadoria, ou senhor leva tudo ou não leva nada.”
“Meu senhor. Como o senhor é chato meu senhor!”
Se ao menos o design da maioria desses pacotes fossem por motivos funcionais ou artísticos, como nos velhos tempos. Mas não, os valores são outros. O importante para eles é vender. Tudo bem que por um lado a embalagem serve para proteger o produto, conserva-lo e transporta-lo. Mas por outro lado, só são úteis mesmo para as merchandising que abusam da nossa boa-fé e para poluir o meio ambiente. E está dito.
Dica: Documentários, “Criança, a alma do negócio”. “Story of Stuff”. “Everyday things–Embalagens” (National geographic, Channel). “Lixo extraordinário.” Tem todos no youtube.
Do código do consumidor:
“É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.”
“Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços”
“Exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva”
“Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)”
“Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)”