Pati
Pati tem vinte seis e vive com suas três filhas de três pais diferentes dos quais nenhum mora com ela naquela casa caoticamente desorganizada próximo a um escadão íngreme, muito íngreme. Estive por Lá no fim de semana e “escalei” um a um cada degrau, imaginando quantos por ali já si deram mal fazendo o mesmo. Talvez um bêbado, uma velhinha ou um distraído qualquer que estrebucharam escada abaixo. Coisa horrível de si imaginar, não? Quis escrever um poema sobre esse escadão, mas ainda não veio.
Eis o cenário caótico de que falei:
Crianças chorando e brigando o tempo todo. Amontoados de roupas, brinquedos e pratos sujos. Gente que entra e sai a todo o momento. Diversos objetos espalhados por toda casa... E claro, mais a visita do dia, eu, minha Irmã, minha cunhada, e um cara que trabalho com a minha Irmã e a Pati. Ele é o motorista do ônibus, elas monitoras. O ônibus é escolar. O motorista está rebocando a casa da Pati com a minha cunhada nos fins de semana. Ele se chama Paulo, minha cunhada Julia. Entendeu ou está mal explicado?
Pati esbravejando:
- vitoria para com isso se não te quebro a cara!
-Ana, você não vai comer isso agora!
-alguém tira a beatriz daí pra mim, por favor. (o neném)
Vitoria nunca obedece. Ana sempre acaba em choro. Beatriz alguém sempre acaba pegando no colo.