Segunda-feira, 22/2/2016
Anseio não é felicidade - Crônica
Antonio Feitosa dos Santos
Para muita gente a plenitude da vida acontece quando se tem um emprego, um casamento, filhos, moradia, religião e a busca pela vida eterna, um sonho de quase todos.
Não vejo a coisa bem assim. Observe, conseguimos tudo isso e em pouco tempo voltamos a rotina, uma rotina doida e continuada. Conseguimos o que queremos, mas se paramos no tempo, entramos em parafuso.
Quando se atinge um objetivo, regozija-se pela felicidade alcançada. Mas isso não é felicidade! É tão somente a emoção por se ter alcançado mais um patamar dentre os nossos anseios.
Na verdade, eu creio que a felicidade é um estado constante de expectativas e realizações vivenciadas por um indivíduo.
Quase sempre nos aquartelamos no nosso pequeno mundo a observar e criticar o mundo do outro, sem sequer imaginar o quão limitado é o nosso espaço.
O que nos impede de sair da mesmice? Por que passar dia após dia a despejar água em um buraco cavado na areia sem jamais vê-lo encher?
No jogo do anseio para a felicidade vale tudo. Só não vale dizer que a sorte favoreceu esse ou aquele, que deixou de favorecer uns e outros etc.
A sorte só existe para quem tem garra e vontade de vencer; para quem acorda cedo e segue o seu caminho sem olhar para trás; para quem tem coragem de recomeçar tudo outra vez; para aqueles que conseguem descartar as manhas, os apegos e as garantias estagnadoras da vontade e da liberdade humana.
Ser feliz exige de cada um muito mais do que isso. Exige aceitação de si mesmo e requer desconfiança de tudo que é fácil demais.
(O trabalho, o casamento, a paternidade ou maternidade, a religião) é bom e ajuda muito, mas não é tudo nessa empreitada.
Necessitamos de preencher os espaços demarcados pelos anseios naturais do homem; carecemos de realizar os objetivos projetados e mirarmos novas expectativas de continuidade e futuro.
- O trivial é pouco - Expectativas de continuidade e futuro é muito mais.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 22/2/2016 às 16h00
Anseio não é felicidade - Crônica
Antonio Feitosa dos Santos
Para muita gente a plenitude da vida acontece quando se tem um emprego, um casamento, filhos, moradia, religião e a busca pela vida eterna, um sonho de quase todos.
Não vejo a coisa bem assim. Observe, conseguimos tudo isso e em pouco tempo voltamos a rotina, uma rotina doida e continuada. Conseguimos o que queremos, mas se paramos no tempo, entramos em parafuso.
Quando se atinge um objetivo, regozija-se pela felicidade alcançada. Mas isso não é felicidade! É tão somente a emoção por se ter alcançado mais um patamar dentre os nossos anseios.
Na verdade, eu creio que a felicidade é um estado constante de expectativas e realizações vivenciadas por um indivíduo.
Quase sempre nos aquartelamos no nosso pequeno mundo a observar e criticar o mundo do outro, sem sequer imaginar o quão limitado é o nosso espaço.
O que nos impede de sair da mesmice? Por que passar dia após dia a despejar água em um buraco cavado na areia sem jamais vê-lo encher?
No jogo do anseio para a felicidade vale tudo. Só não vale dizer que a sorte favoreceu esse ou aquele, que deixou de favorecer uns e outros etc.
A sorte só existe para quem tem garra e vontade de vencer; para quem acorda cedo e segue o seu caminho sem olhar para trás; para quem tem coragem de recomeçar tudo outra vez; para aqueles que conseguem descartar as manhas, os apegos e as garantias estagnadoras da vontade e da liberdade humana.
Ser feliz exige de cada um muito mais do que isso. Exige aceitação de si mesmo e requer desconfiança de tudo que é fácil demais.
(O trabalho, o casamento, a paternidade ou maternidade, a religião) é bom e ajuda muito, mas não é tudo nessa empreitada.
Necessitamos de preencher os espaços demarcados pelos anseios naturais do homem; carecemos de realizar os objetivos projetados e mirarmos novas expectativas de continuidade e futuro.
- O trivial é pouco - Expectativas de continuidade e futuro é muito mais.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 22/2/2016 às 16h00