O caminho que aponta
O CAMINHO QUE APONTA (Por Joacir Dal Sotto *)
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Ainda que um povo sofra nas mãos de ditadores, existe uma saída para cada povo. A saída procura por forças humanas para cada combatente e cada combatente é parte do povo que irá se salvar. O sacrifício dos idiotas que se preocupam apenas com os próprios orifícios é inútil. Na batalha pela liberdade é a reflexão dos nobres que precisa ser repassada para cada andarilho que está faminto por conhecimento.
Tudo poderia ser mais simples na sociedade, dos grupos poderíamos retirar alimentos, dos indivíduos poderíamos retirar risos. Querem igualdade e mal sabem que uma bandeira venerada é uma bandeira que exala o respeito pelas diferenças. A fraternidade que anunciam talvez seja uma única forma de fraternizar, através da união dos poucos e bons. O problema é que se retirarmos do mundo tudo o que é ruim, perderemos a razão em busca da aprovação de verdades absolutas.
Existe um caminho de exemplos de superação para ser seguido, apesar de que experiências pessoais são sinal de fracasso. A mãe que chora pelo filho idiota é mais uma idiota, não podemos ter compaixão, enquanto que o verdadeiro amor é negado. É difícil com que o povo entenda quem é filósofo, da mesma maneira que o sucesso já é a marca no coração de poucos. Alguns detalhes poderiam ser revistos, mesmo que os detalhes não signifiquem tudo o que leva ao pódio.
Na beleza que o senso comum é incapaz de perceber, surge um brilho que é incompatível com o divino e intrasferível para qualquer outro ser humano. Será impossível ver nascer um povo que consiga expor os seus anseios, estes fazem parte da parcela de culpa que cada cidadão possui na democracia ou ditadura. A sabedoria é para poucos escolhidos, estes são aqueles que escolhem estar além do ego. Os escravos não permaneceram em vão na humanidade, os escravos queriam a escravidão, caso contrário seriam agentes de uma revolução.
É preciso sacudir mentes, sacudir corações e sacudir espíritos, o que não podemos é deixar para amanhã uma indagação dos valores existentes. Mesmo que o novo seja uma arte de pouco alcance, está no novo tudo o que é benéfico para quem cria. O velho e a tradição talvez sejam parte do que é retalhado, do que permanece após o fim do membro popular. Uma ponte era o que precisávamos, uma ponte é o que precisamos para que barreiras conservadoras não impeçam o indivíduo de sonhar.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".
Foto de Escritor Joacir Dal Sotto.