A essência do capital

A ESSÊNCIA DO CAPITAL (Por Joacir Dal Sotto)

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Ainda estarei comprando vários apartamentos para avistar um mar de pessoas maravilhoso. Sento ao alto da sacada sombria e proporciono um luxuoso banquete para lindas mulheres. As bebidas ficam para as convidadas e o dinheiro para ser jogado aos famintos espirituais que nunca terão a fome saciada. Movimento o meu corpo como que em uma dança divina em meio dos homens.

A vida é demasiadamente material para que sejamos conduzidos ao mundo espiritual sem nenhum ganho do corpo. Eu tenho todas as ferramentas interiores para contemplar o que o mundo fornece gratuitamente, também tenho a autonomia de deixar com que os gestores do dinheiro possam me fortalecer. Ontem mesmo entreguei escravos para historiadores e aos antropólogos forneci dinheiro de pesquisa. Quando fui socialista era o poder que me fascinava, agora que sou capitalista é a verdade humana que me encanta.

Não tenho um manual para dizer que a minha riqueza desenfreada irá acabar com a fome no mundo ou que irá aumentar a miséria nos países pobres, o que posso fazer é feito de acordo com a minha vontade que constantemente estabelece uma nova realidade. Nenhum indivíduo é capaz de mudar o mundo, sendo que na transformação de si mesmo é o mundo que vai acontecendo mais intensamente. Demoram para compreender que existe uma mídia corrupta influenciando os mais idiotas, a questão climática do planeta é uma farsa, caso não fosse teríamos temperaturas milenares salvas em planilhas eletrônicas que não sofrem interferência do tempo. Os conservadores querem colocar no mesmo pacote ricos e em outro pacote os pobres, é preciso que os fortes escolham pelo isolamento do rebanho e ao mesmo tempo, um meio de grandeza através do rebanho.

Eu sei que sem dinheiro não existiriam boas prostitutas, boas fazendas, bons hotéis, eu também sei que a verdade dói no coração de quem carrega um complexo de desigualdade. Bem no fundo da sociedade está escrito que não existe igualdade, os iguais morrem na primeira disputa por alimento. Aos poucos aumento o meu império, sem deixar herança para ingratos que possam cruzar por meu caminho. O egoísmo é sempre querer ajudar e eu sempre me ajudo para que eu não seja uma muleta para conformados socialmente.

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