O conceito de liberdade a partir dos aspectos ontológicos e morais em István Mészáros
O CONCEITO DE LIBERDADE A PARTIR DOS ASPECTOS ONTOLÓGICOS E MORAIS EM ISTVÁN MÉSZÁROS * (Por Joacir Dal Sotto)
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Quem tiver a oportunidade de ler o ensaio * (que leva o título desse texto) de Filipi Vieira Amorim (doutorando pela Universidade Federal do Rio Grande), terá o prazer de se alimentar do mais elevado “banquete” para sábios proposto na atualidade. É raro encontrarmos acadêmicos que se preocupam com a sociedade, participando dela, e ao mesmo tempo arrecadando recursos para despertar o povo para um nível além dele mesmo de liberdade. Grande parte dos acadêmicos são “idiotas” no sentido grego da palavra, se preocupam apenas com a própria consagração, seja dolorido para ricos ou pobres, para colegas ou para uma complexa sociedade que se dividi em grupos amplamente diversos. Pessoalmente não sou adepto do socialismo ou ideias que retirem a culpa do indivíduo, é que a natureza humana foi construída pelo poder e o que temos hoje não passa do espelho de um passado que nunca irá ficar distante de nosso olhar atento.
A minha análise será curta e ao mesmo tempo mais poética do que filosófica. O ensaio fala do Brasil e “peca” por mostrar no restante que é um ensaio de nível universal. Prevalece um elevado sentido socialista de que o capital é o culpado pela falta de liberdade do “trabalhador” ou “empregado”. Penso que o indivíduo é o responsável por se separar do social e a liberdade em morte por parte do ego, não passa da aniquilação provocada por quem foi incapaz de encontrar nos obstáculos uma saída para superar e outra para gritar por mais poder interior. Não existe liberdade sem antes querer, não existe realização diante metas, o próprio “querer” coletivo de “salvar o mundo” através da socialização e diminuição da exploração do trabalhador, é apontar luz para que a luta de classes seja impedida pela imposição de uma única classe.
A liberdade chega ao ponto de se misturar com o tempo de santo Agostinho. Para o “santo”, o passado e o futuro fazem parte do indivíduo que vivenciou ou vai vivenciar, sendo que o presente se apresenta com muito mais força. Todos os tempos do indivíduo são intransferíveis, sendo que o presente deixa de ser a cada instante. De certa forma é o ser humano que deixa de ser diante do tempo, sendo que na liberdade podemos refletir como se a liberdade fosse o tempo.
Por mais que tenhamos bens materiais ou intelectuais e sejamos capazes de apresentarmos ao corpo social, o que resulta em bom está no poder que sacudimos e conquistamos. Não seremos livres se antes for necessário salvar o outro da ignorância, esta que funciona como o pecado, não existe perdão nas condições naturais. É preciso mais ética na humanidade e para que a ética seja possível em abundância, apenas palavras e de padrão socialista talvez não cheguem ao povo leigo, sendo que jamais irão convencer o que já é parte das “elites”. Apesar da divergência de meu pensamento com o do autor, e ao mesmo tempo de meu esforço para compreende-lo, estamos construindo uma ponte e jamais uma barreira para quem nos acompanha.
Para encerrar esse meu texto que veio para alimentar essa imensa fogueira. Concluo com a reflexão que o autor faz na parte final do ensaio sobre perguntas. É difícil de se ter alguma liberdade quando ficamos presos ao conhecimento, o conhecimento que sempre leva para uma nova pergunta faz da vida acadêmica uma meta. São infinitos debates que se fazem, sendo que a resposta é a vida e a pergunta da morte não é digna para refletirmos livres dos males espirituais.
Escritor Joacir Dal Sotto e Cura Mental e Espiritual "Mestre Divino"
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