A tolice das metas
A vida boa não é procurar por metas para viver. Alunos do ensino básico buscam pelo diploma e ao final é uma juventude estudantil que termina. Os universitários colocam como ideal para viverem um título acadêmico, até que entram nos ambientes tóxicos do mercado de trabalho. Enquanto que os que não estudam existe mais do que tolice, nasce nos gestos o ideal de família.
Se todos os passos fossem difíceis e se toda vitória fosse vencer a morte, não teríamos o conceito de felicidade. Querem chegar em algum lugar sem a jornada ou conduzem cada manhã como se fosse o inferno que todos precisam enfrentar. Nenhum sábio precisa sofrer como idiota para superar obstáculos. A meta cumprida é o fim, sendo que o fim ignora o início e o meio que estão mais completos de desafios épicos.
Os mais medíocres definem religião através das próprias crenças, definem política diante das próprias limitações antropológicas. Uma saída simples seria o estudo, ainda que estudem como aqueles que querem passar em um concurso público. O egoísmo que alimentam poderia contribuir para o bom sono, para o bom diálogo, mesmo que o sucesso fosse adiado. Toda meta exige pressa e todos os que propõem metas como algo saudável, estão prontos para manterem escravos que se alegram com um novo “desafio”.
Pensam que são eternos e talvez morram na juventude. Alguns velhos deixam apenas o péssimo exemplo que foram servis por uma vida inteira. No mercado atual, trabalhar para defender uma falsa dignidade não representa nobreza. Enquanto os escravos percorrem uma meta até que o ano termine, os senhores soltam gargalhadas na solidão que lhes é útil.
Uma nova proposta estaria pronta para ser entregue aos verdadeiros guerreiros. Não, não podemos libertar quem encontra algemas no mundo exterior. Vamos deixar com que fiquem com suas metas. Quem é alegre pelas metas, terá o espelho da morte para responder sobre: Como foi trocar uma vida por um dia? Um ano por um dia? Um salário por um dia?
Escritor Joacir Dal Sotto​ e Cura Mental e Espiritual "Mestre Divino"​
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