A mulher que me procurou
Achei que era uma mulher maravilhosa. Quando bateu na porta de minha casa parecia uma rainha com um pouco de sofrimento. Aos poucos percebi que era especial e que em suas crises se calava, para que logo me irritasse.
O tempo passou tão rápido que desde do início foi amor que aconteceu. Pessoas foram envolvidas e por repetidas vezes declarei amor, também recebi inúmeras declarações de amor. Tudo em processo de construção, pelo menos era o que parecia.
Os idiotas que se meteram na relação talvez surgiram do campo celestial, este que dela sempre fez parte. Uma mulher que talvez permanece com os mortos, que é uma morta. É que eu considero todo ser que nega o amor, um pobre ressentido.
Não foi possível continuar, seu choro era possível ouvir pelos mortos, é que a mulher em questão chora longe do público. É envergonhada, é fraca para amar. Se não é verdadeiro o meu exalar, que me prove ao contrário.
Seria mentira tudo o que aconteceu? Seria eu um idiota que apenas queria ajudar? Sou eu um homem vingativo?
Perguntas são respondidas pelos ressentidos envolvidos na relação. Eu mesmo sou capaz de me calar nas manifestações. Claro que a mulher envolvida precisa ser feliz, os mortos são completamente felizes.
Agora eu, um jovem que levemente foi levado por uma velha ou talvez criança. Virgem pelo que dizia, prostituta pelo medo de confiar em um homem como eu. Não adianta levar os meus textos em consideração para dizer se é amor, inclusive os meus leitores é melhor se calarem e se voltaram para dentro de si mesmos.
O meu amor não é para andar na língua de pessoas limitadas que pouco estudam e muitas certezas absolutas possuem. O meu amor é para essa mulher que penetrou em meu coração e não que eu queira magoa-la, é que quando amamos e deixamos do amor, sofremos espiritualmente. Tudo talvez tenha acabado e se acabou que me deixe dançar na experiência que me fascinou.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
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