Amor e canções sociais
Esse amor que me faz adormecer embriagado, essa política que é representada por usuários de cocaína, essa corrupção que deveria provocar uma revolta popular. Tantas mazelas, tantas dores, tantos amores que não são correspondidos. Penso em parar de escrever, de viver, de enlouquecer.
Parece que poemas e flores não convencem uma maioria das mulheres. Tudo mais difícil e ao mesmo tempo um indivíduo para intensificar a própria doce ou triste realidade. Uma nação de idiotas, que poucos compreendem os mais sábios.
Nem metáforas, nem um vento que toca direto no coração, apenas passos solitários que diante da coletividade são sem impacto. Canções para alegrarem quem já é alegre, maconha para tranquilizar quem nunca foi adepto dos normais. Nada mais é falado quando os olhares se cruzam, existe muito mais do que ressentimento, existe falta de vontade para bons que momentos aconteçam de surpresa.
Se adiantasse morrer, o problema é que na vida não existe mais fé ou saber. Quem dera podermos cruzar o horizonte da morte sem o medo de confiar no infinito. Os espíritos dançam no escuro, mesmo existindo uma sociedade que nunca se comunicou com o além.
O abraço é sempre tardio, ainda que não possamos recuperar o passado, é possível ter boa sorte para com o futuro. Misturamos drogas, misturamos visuais, o que podíamos fazer é se render para os nossos amores. Eu quero mais do que dormir abraçado, eu quero acordar com alguém que tenha coragem para enfrentar todos os malditos valores morais que já nasceram ultrapassados.
Drogados e quem nunca se drogou, é impossível me conhecer na totalidade. Religiosos e demoníacos é preciso manter uma certa distância, ambos carregam um fundamentalismo dolorido. Apenas o amor e todo o resto do mundo está resolvido, mesmo que o problema do amor seja o terrível choque de comportamentos.
Escritor Joacir Dal Sotto​
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