A droga que nos consome
A vida é maravilhosa de maneira que possamos colher tristezas e compreender que alegrias são simples momentos. Aproveitamos ao máximo tudo o que existe de louco e apesar de que na loucura existe uma forma de se perder, é se perdendo que o agrado não torna-se completo. Chegamos ao ponto de chorar na solidão e o lenço dos solitários é lavado pelo mais puro amor.
Em nossas amizades existe algo de estranho, sendo que toda forma de amizade faz parte de momentos que nunca mais irão retornar na mesma profundidade. Ficam analisando os nossos comportamentos e mal sabem que nos conectamos com um mundo totalmente distante do vício. Claro que o sucesso nos interessa e não nos interessamos pela estabilidade.
Somos instáveis no pensamento e até nas mais nobres ações, temos muito mais do desejo, o prazer que nos consome pelas madrugadas é a representação da vida demasiadamente humana. Fizemos do trabalho uma forma de comunicação com o mundo normal, fizemos da festa um trabalho incansável para provarmos toda a incompreensão que nos devora. No deserto sofremos com o calor que existe em nossos corações diante um frio exterior da madrugada.
Fazemos parte da maçonaria simbólica dos que formaram uma nova ordem. Temos no coração os sonhos, temos nas ações uma grandeza intransferível. Dançamos sem perguntarmos se o mundo consegue compreender além das drogas. Estaremos sempre perdidos e quando nos encontrarmos seremos engolidos pelo clareza.
Aplaudimos sem desprezo a vida e a alegria que nos consome é o que evita a morte. Não iremos sofrer, é que na loucura existe uma profunda diminuição da aflição. O que deixamos perdido será a faca do fim para quem não nos devolve uma riqueza de outra vida.
Escritor Joacir Dal Sotto​
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