Aquela garrafa pet e minha calça jeans- Lixólogos!

Todos nós retiramos o lixo de nossas casas e de nossas portas e os colocamos nos lugares destinados para este fim, contudo a pergunta que não quer calar é atendemos o lixo que vem de fora? Ora, pois qual é o lixo que vem de fora?

A enorme falta de técnicos em gestão ambiental é uma verdade que incomoda a governança municipal de várias cidades nacionais.

Caros leitores, bom é relembrar que designer de lixo, os lixólogos especialistas e gestores em reciclagem compõem alguns nomes da famosa profissão do futuro que contribuíram com projetos e soluções para as cidades, associações e empresas com o objetivo de garantir além da conhecida segurança sanitária o reaproveitamento de resíduos sólidos na cadeia produtiva ou na chamada geração de formas limpas de energias tão necessárias para nós.

Estes profissionais (assim esperamos rsrsrsrs) com a devida análise dos aspectos sociais, econômicos, de cada município serão capazes de atuar elaborando projetos e planos em conformidade com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, de 2010.

Sabemos que com a crescente industrialização aumentou o processo de urbanização conseguimos tirar do lixo o seu luxo e o seu lucro que mesmo assim se transformou em um problema para a nossa sociedade.

O conceito de “desenvolvimento sustentável” deslindado em conversas de barzinhos até as instituições de ensino contribuem para reformularmos a nossa concepção a respeito do luxo do lixo e precisamos pensá-lo como uma prioridade que pode ser reintegrado ao ciclo produtivo. É de conhecimento da maioria os verbos reduzir reutilizar e reciclar os resíduos sólidos aumentando assim o ciclo de vida útil dos materiais.

Afinal o lixo já não é somente uma questão de ordem pública este transita entre a esfera do espaço urbano público e o privado seguido de várias instituições, incorrendo em um entrelaçamento de poderes na nossa sociedade.

Ao tratarmos o lixo nosso de cada dia confrontando com os diversos interesses, cada um ao seu modo podemos compreender como o lixo conquistou um espaço fundamental em congressos nacionais e internacionais e em inúmeros setores da área do saber.

Se no passado jogar fora o lixo era um hábito tão simples como escovar os dentes, hoje arremessar uma simples garrafa pet que não exige um segundo sequer de raciocínio representa, no entanto um ato matizado de conteúdos parece um gesto insignificante, contudo perseguir “os rastros do resto” é que são elas...

Separar o joio do trigo e o trigo do joio continua uma questão atual, idem ao lixo sempre um objeto de nossas preocupações. Finalmente, o repensar sobre o que jogamos fora requer a ajuda de profissionais capazes de administrar da melhor maneira possível à diversidade de matérias sólidos recicláveis em uma determinada sociedade. Que aumente as faculdades de lixologia... Que os viventes deste planeta compreendam contrariando o Karl Marx que tudo o que é sólido não deve desmanchar-se no ar! Deveras não posso jogar minha garrafa pet de fora!...Ela retorna na minha calça jeans desfiada e desafiadora enfrenta o mundo.

Autora – Prof.ª MSc Joana Prado Medeiros – Graduação em História, Especialização em Historia do Brasil e Mestre em Historia. – Agora Colunista do Jornal Dourados News

JoanaPMedeiros
Enviado por JoanaPMedeiros em 27/08/2015
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